Tomografia computadorizada para rastreamento de câncer de pulmão é uma chance oportuna de verificação de osteoporose
A prevalência1 de osteoporose2 e a incidência3 de fratura4 por fragilidade na China aumentaram acentuadamente nas últimas três décadas. Dados recentes relatam uma prevalência1 de osteoporose2 de 29,1% em mulheres e 6,5% em homens com idade >50 anos, o que equivale a uma prevalência1 populacional estimada de 49,3 milhões e 10,9 milhões, respectivamente.
A tomografia computadorizada5 de tórax6 de baixa dosagem para rastreamento de câncer7 de pulmão8 oferece a oportunidade de examinar simultaneamente os pacientes para osteoporose2, detectando taxas notavelmente mais altas de osteoporose2 em homens do que a ferramenta tradicional de absorciometria de raios-X de dupla energia (DXA), mostra uma nova pesquisa publicada no Journal of Bone and Mineral Research.
"Nosso estudo multicêntrico em grande escala de densidade óssea medida a partir de tomografias computadorizadas de baixa dose de rotina demonstrou o grande potencial do uso de tomografia computadorizada5 de baixa dose para o rastreamento oportunista da osteoporose2 como uma alternativa aos exames DXA padrão", disse o autor sênior9 Wei Tian, MD, da Academia Chinesa de Engenharia e da Escola de Medicina da Universidade de Pequim, em uma declaração à imprensa publicada no jornal.
"Nosso estudo revelou a prevalência1 inesperadamente alta de osteoporose2 em homens, o que pode impactar a estratégia de tratamento dos homens no futuro", acrescentou Tian.
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Portanto, o rastreamento oportunista para osteoporose2 pode ser realizado usando imagens de tomografia computadorizada5 de baixa dose (TCBD) obtidas para outras indicações clínicas. Neste estudo, os pesquisadores exploraram a densidade mineral óssea (DMO) derivada da TC e a prevalência1 de osteoporose2 a partir da TCBD torácica em uma grande coorte10 populacional de homens e mulheres chineses.
Um total de 69.095 adultos (40.733 homens e 28.362 mulheres) receberam uma TCBD torácica para fins de rastreamento do câncer7 de pulmão8 entre 2018 e 2019, e os dados foram obtidos para análise do China Biobank Project, um estudo populacional multicêntrico nacional prospectivo11.
A densidade mineral óssea volumétrica (DMOv) trabecular da coluna lombar (L1-L2) foi derivada dessas varreduras usando software de tomografia computadorizada5 quantitativa (TCQ) e os critérios de diagnóstico12 por TCQ para osteoporose2 do American College of Radiology foram aplicados. Foram avaliadas diferenças geográficas regionais na prevalência1 de osteoporose2 e a prevalência1 populacional de osteoporose2 padronizada por idade em homens e mulheres chineses foi estimada a partir do censo de 2010 na China.
A prevalência1 de osteoporose2 por TCQ para a população chinesa com idade >50 anos foi de 29,0% para mulheres e 13,5% para homens, equivalente a 49,0 milhões e 22,8 milhões, respectivamente.
Nas mulheres, essa taxa é comparável às estimativas da absorciometria de raios-X de dupla energia (DXA), mas nos homens a prevalência1 é o dobro.
A prevalência1 variou geograficamente na China, com taxas mais altas no sudoeste e taxas mais baixas no nordeste. A DMOv trabecular diminuiu com a idade em homens e mulheres. As mulheres tiveram maior pico de DMOv trabecular (185,4 mg/cm³) do que os homens (176,6 mg/cm³) na idade de 30 a 34 anos, mas mulheres mais velhas tiveram DMOv trabecular mais baixa (62,4 mg/cm³3) do que os homens (92,1 mg/cm³) na idade de 80 anos.
O estudo mostrou que a triagem oportunística baseada em tomografia computadorizada5 de baixa dose pode identificar um grande número de pacientes com baixa densidade mineral óssea volumétrica lombar, e que estudos de coorte13 futuros são agora necessários para avaliar a utilidade clínica de tal triagem em termos de prevenção de fraturas e apoio a análises econômicas nacionais de saúde14.
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Fontes:
Journal of Bone and Mineral Research, publicação em 04 de novembro de 2020.
Medscape, notícia publicada em 11 de novembro de 2020.