Queimar gordura e fortalecer os ossos com o bloqueio do FSH: artigo da Nature comentado no Cell Metabolism e NEJM
Estudos com camundongos indicam que um único hormônio1, o hormônio1 folículo2 estimulante circulante (FSH), cujos níveis aumentam na menopausa3, poderia ser o responsável por uma redistribuição característica da gordura4 na região abdominal na idade adulta, transformando muitas mulheres de "peras" em "maçãs". Ao mesmo tempo, o hormônio1 pode estimular a perda óssea.
Teoricamente, em estudos com ratos, o bloqueio desse hormônio1 poderia aumentar a queima de calorias5, reduzir a gordura abdominal6, diminuir a perda óssea e até mesmo encorajar a prática de atividades físicas.
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A noção de que uma intervenção tão simples poderia resolver dois grandes problemas da menopausa3 recebeu a atenção dos pesquisadores e provocou comentários em revistas de prestígio como The New England Journal of Medicine e Cell Metabolism.
Wendy M. Kohrt e Margaret E. Wierman, do Department of Medicine, University of Colorado Anschutz Medical Campus, Aurora, publicaram comentário no The New England Journal of Medicine sobre um estudo recente com modelos de ratos, que diz que o hormônio1 folículo2 estimulante circulante (FSH), que aumenta nas mulheres depois da menopausa3, se liga ao seu receptor em adipócitos brancos8, resultando em um gasto de energia de repouso relativamente baixo e aumentando a adiposidade visceral.
Carlos Henrique Sponton e Shingo Kajimura, do Diabetes9 Center and Department of Cell and Tissue Biology, University of California, em São Francisco, também publicaram comentário, no periódico Cell Metabolism, em relação ao aumento do hormônio1 folículo2 estimulante (FSH) ser uma característica da menopausa3 que está associada à osteoporose10 e à adiposidade visceral.
Na revista Nature, o Dr. Mone Zaidi e colegas (Liu et al., 2017) relataram que o bloqueio da ação do FSH reduziu a gordura4 corporal através da promoção da termogênese de gordura4 marrom/bege, potencialmente fornecendo uma nova intervenção para o tratamento de doenças metabólicas relacionadas à menopausa3.
Inicialmente, o Dr. Zaidi argumentou que o FSH poderia ser um culpado na perda óssea de mulheres na menopausa3. Então, ele e seus colaboradores criaram um anticorpo11 que bloqueou o FSH em camundongos fêmeas cujos ovários12 foram removidos. Uma vez que os ratos não fabricavam estrogênio, deveriam perder osso. Na verdade, a medula óssea13 em tais ratos geralmente se enche de gordura4 em vez de desenvolver células14 ósseas. O mesmo acontece nas mulheres, é por isso que seus ossos se tornam menos densos. Mas no laboratório do Dr. Zaidi, os ratos que receberam o anticorpo11 não desenvolveram medula óssea13 cheia de gordura4 e, inesperadamente, perderam grandes quantidades de gordura4.
Novas pesquisas serão necessárias para estudar mais o assunto e verificar se será futuramente possível alguma aplicação prática desses achados em seres humanos.
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Fontes:
Cell Metabolism, volume 26, número 2, de 1º de agosto de 2017
The New England Journal of Medicine, em 20 de julho de 2017
Nature, publicação online de 24 de maio de 2017