Capacidade aeróbica baixa associada a maiores taxas de mortalidade em homens de meia idade
A capacidade aeróbica baixa tem sido associada ao aumento da mortalidade1 em estudos de curto prazo. O objetivo deste estudo foi avaliar o poder preditivo da capacidade aeróbica para a mortalidade1, em homens de meia-idade, durante 45 anos de acompanhamento.
O desenho do estudo foi prospectivo2, de coorte3, de base populacional. A amostra representativa foi de Gotemburgo, na Suécia, formada por homens nascidos em 1913 e que foram seguidos até 50-99 anos de idade, com exames médicos periódicos e dados do National Hospital Discharge e Cause of Death Registers. Aos 54 anos de idade, 792 homens realizaram um teste ergométrico de esforço, com 656 (83%) alcançando o máximo de aproveitamento no exercício.
Saiba mais sobre o Teste ergométrico de esforço.
Na análise de regressão de Cox, um baixo pico previsto de consumo máximo de oxigênio (Fórmula VO2 Max4), tabagismo, colesterol5 sérico elevado e pressão arterial6 média alta em repouso foram significativamente associados à mortalidade1. Na análise multivariada, encontrou-se associação entre os tercis previstos na Fórmula e a mortalidade1, independentemente de fatores de risco estabelecidos. As razões de risco (HRs) foram:
- HR de 0,79 (IC 95% 0,71-0,89; p<0,0001) para os picos previstos de VO2 Max4.
- HR de 1,01 (1,002-1,02; p<0,01) para a pressão sanguínea arterial média.
- HR de 1,13 (1,04-1,22; p<0,005) para o colesterol5.
- HR de 1,58 (1,34-1,85; p<0,0001) para o fumo.
Veja nossos artigos sobre "Tabagismo", "Colesterol5 alto" e "Hipertensão arterial7".
O impacto variável dos tercis previstos na Fórmula VO2 Max4 (15,3) sobre a mortalidade1 foi secundário apenas para o fumo (31,4).
Concluiu-se que, nesta amostra representativa da população de homens de meia idade, a baixa capacidade aeróbica foi associada a maiores taxas de mortalidade1, independente de fatores de risco tradicionais, incluindo o tabagismo, pressão arterial6 média e colesterol5 sérico, durante mais de 40 anos de acompanhamento.
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Fonte: European Journal of Preventive Cardiology, de 26 de julho de 2016