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FDA avalia novo medicamento para obesidade, o QNEXA®CR

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Amanhã, 15 de julho, o Food and Drug Administration (FDA) reunirá os membros e consultores do Comitê de Consulta em Medicamentos Endocrinológicos e Metabólicos para avaliar a eficácia e a segurança de um novo medicamento para emagrecimento, o QNEXA®CR, que associa a fentermina ao topiramato.

QNEXA®CR (controlled release), desenvolvido pela VIVUS Inc., da cidade de Mountain View, na Califórnia, será avaliado pelo comitê do FDA. Se aprovado, será recomendado a pacientes obesos com índice de massa corporal1 (IMC2) maior ou igual a 30 kg/m² ou pacientes com sobrepeso3 (IMC2 maior ou igual a 27 kg/m²) que tenham comorbidades4 associadas como hipertensão arterial5, diabetes tipo 26, dislipidemia e obesidade7 central (obesidade7 abdominal). As indicações são a perda de peso e a manutenção da perda de peso quando a medicação é usada em conjunto com modificações na dieta e a prática regular de exercícios físicos.

A cápsula consta de uma nova combinação de baixas doses de um tipo de anfetamina, a fentermina (1/8 a 1/2 das doses do mercado) e de um anticonvulsivante, o topiramato (1/16 a 1/4 das doses do mercado). Ambas são drogas já aprovadas nos Estados Unidos, mas precisam da avaliação e liberação do FDA para serem comercializadas em associação. A monoterapia com fentermina é aprovada para uso de curto prazo no tratamento da obesidade7 desde 1959 e o topiramato foi aprovado, em 1996, como monoterapia para o tratamento das convulsões e, em 2004, para uso na profilaxia das enxaquecas8.

A fentermina é um estimulante central que provoca um efeito anorético pela liberação de catecolaminas, como a norepinefrina (também conhecida como noradrenalina9) no hipotálamo10. Já o topiramato diminui a motilidade gastrointestinal, aumentando a saciedade. Ambos são bons medicamentos quando usados sob orientação médica, mas que podem trazer efeitos colaterais11 importantes que precisam ser avaliados.

As primeiras análises do QNEXA®CR mostraram como principais efeitos adversos provenientes do tratamento: parestesia12 (17%), boca13 seca (16,6%), constipação14 (15,1%), infecções15 do trato respiratório superior (13,5%), nasofaringite (10%) e dor de cabeça16 (9,8%). Algumas desordens cognitivas como déficit de atenção e memória também foram observadas.

O medicamento estará disponível em três diferentes dosagens caso seja aprovado. Baixa dose (3,75 mg de fentermina/23 mg de topiramato), dose média (7,5 mg de fentermina/46 mg de topiramato) ou dose alta (15 mg de fentermina/92 mg de topiramato).

Fonte: FDA

Calcule o seu IMC2:

 

 

NEWS.MED.BR, 2010. FDA avalia novo medicamento para obesidade, o QNEXA®CR. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/novos-medicamentos/62187/fda-avalia-novo-medicamento-para-obesidade-o-qnexa-cr.htm>. Acesso em: 28 mar. 2024.

Complementos

1 Índice de massa corporal: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
2 IMC: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
3 Sobrepeso: Peso acima do normal, índice de massa corporal entre 25 e 29,9.
4 Comorbidades: Coexistência de transtornos ou doenças.
5 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
6 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
7 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
8 Enxaquecas: Sinônimo de migrânea. É a cefaléia cuja prevalência varia de 10 a 20% da população. Ocorre principalmente em mulheres com uma proporção homem:mulher de 1:2-3. As razões para esta preponderância feminina ainda não estão bem entendidas, mas suspeita-se de alguma relação com o hormônio feminino. Resulta da pressão exercida por vasos sangüíneos dilatados no tecido nervoso cerebral subjacente. O tratamento da enxaqueca envolve normalmente drogas vaso-constritoras para aliviar esta pressão. No entanto, esta medicamentação pode causar efeitos secundários no sistema circulatório e é desaconselhada a pessoas com problemas cardiológicos.
9 Noradrenalina: Mediador químico do grupo das catecolaminas, liberado pelas fibras nervosas simpáticas, precursor da adrenalina na parte interna das cápsulas das glândulas suprarrenais.
10 Hipotálamo: Parte ventral do diencéfalo extendendo-se da região do quiasma óptico à borda caudal dos corpos mamilares, formando as paredes lateral e inferior do terceiro ventrículo.
11 Efeitos colaterais: 1. Ação não esperada de um medicamento. Ou seja, significa a ação sobre alguma parte do organismo diferente daquela que precisa ser tratada pelo medicamento. 2. Possível reação que pode ocorrer durante o uso do medicamento, podendo ser benéfica ou maléfica.
12 Parestesia: Sensação cutânea subjetiva (ex.: frio, calor, formigamento, pressão, etc.) vivenciada espontaneamente na ausência de estimulação.
13 Boca: Cavidade oral ovalada (localizada no ápice do trato digestivo) composta de duas partes
14 Constipação: Retardo ou dificuldade nas defecações, suficiente para causar desconforto significativo para a pessoa. Pode significar que as fezes são duras, difíceis de serem expelidas ou infreqüentes (evacuações inferiores a três vezes por semana), ou ainda a sensação de esvaziamento retal incompleto, após as defecações.
15 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
16 Cabeça:
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Complementos

15/07/2010 - Complemento feito por marcos
Re: FDA avalia novo medicamento para obesidade, o QNEXA®CR
Como qualquer medicamento antes de entrar no mercado, passa por fases de testes, que vão de ensaios "in vitro", até a obtenção de dados in vivo em grupos de pacientes-são chamadas fases pré liberação para uso comercial, porém há uma quarta fase, onde se coleta dados após a comercialização,quando o novo medicamento está sendo efetivamente usado,é quando a população de usuários aumenta, bem como sua heterogeneidade, onde se subentende que as variações genéticas possuem uma importância a ser estudada, quanto a metabolização deste fármaco,Quanto mais tempo um fármaco está no mercado, maiores são os dados colhidos a respeito deste, então seria prematuro dizer que um medicamento realmente apresenta melhores resultados se comparados a outros existentes.O certo é que os pacientes sigam as dietas recomendadas, pratiquem exercícios sob orientação especializada, e continuem com seus medicamentos-apenas o tempo poderá dizer se algum medicamento é efetivamente melhor no controle de qualquer doença lembrando que na quarta fase ou de comercialização, é que realmente se pode descrever as REAÇÕES ADVERSAS,Alguns medicamentos que já estão no mercado, sabemos o suficiente para calcular os riscos de seu uso e os benefícios para a saúde.O USO DE MEDICAMENTOS DEVE SEGUIR UM RACIOCÍNIO QUE AVALIA RISCOS E BENEFÍCIOS.

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