Exercício supervisionado versus não supervisionado para claudicação intermitente: revisão sistemática e meta-análise publicada pelo American Heart Journal
Exercícios supervisionados (ES) são amplamente aceitos como uma terapia eficaz para a claudicação intermitente1 (CI), mas seu uso é limitado pelo custo. Os exercícios não supervisionados (ENS) representam uma alternativa menos dispendiosa.
Foram pesquisadas as base de dados PubMed, EMBASE e Cochrane Database of Systematic Reviews. Identificou-se 24 ensaios clínicos2 randomizados e 4 estudos observacionais controlados que avaliaram a eficácia comparativa do ES versus ENS em 2.074 pacientes com claudicação intermitente1. Comparado ao ENS, o ES foi associado a uma melhora moderada na distância máxima de caminhada (desempenho de caminhada) em 6 meses e em 12 meses. O exercício supervisionado também melhorou a distância de claudicação3 para um grau moderado em comparação com o ENS aos 6 meses e aos 12 meses. Não houve diferença no questionário de saúde4 conhecido como The Short Form (36) Health Survey em relação à qualidade de vida, aos 6 meses, ou no questionário Walking Impairment Questionnaire em relação à distância e à velocidade das limitações ambulatoriais de pacientes com doença arterial periférica.
Em pacientes com claudicação3, o ES é mais eficaz do que o ENS na melhora do desempenho de caminhada e na distância de claudicação3, embora não haja diferença na qualidade geral de vida relatada pelo paciente. Mais estudos são necessários para investigar a relação entre o ganho funcional e a qualidade de vida específica em relação à claudicação intermitente1.
Fonte: American Heart Journal, publicação online, de 16 de março de 2015