Atualização do algoritmo de tratamento do diabetes mellitus tipo 2: guideline da American Diabetes Association (ADA) e Associação Europeia para o Estudo do Diabetes (EASD)
Em 2012, a American Diabetes1 Association (ADA), juntamente com a Associação Europeia para o Estudo do Diabetes1 (EASD), atualizaram o seu algoritmo de tratamento do diabetes tipo 22 (originalmente lançado em 2009), que recomenda uma organização do tratamento da doença. Um algoritmo é um conjunto de passos a serem seguidos para se alcançar um fim desejado, neste caso, o objetivo é manter os níveis de glicose3 no sangue4 dentro da normalidade.
O algoritmo recomenda começar o tratamento no momento do diagnóstico5 com as mudanças de estilo de vida (em geral incluindo uma dieta equilibrada e atividades físicas regulares). Em seguida usa-se metformina6, adicionando-se outras medicações redutoras da glicemia7, conforme necessário. A eficácia de qualquer tratamento para o diabetes1 é medida, em parte, por um exame de sangue4 conhecido como hemoglobina glicosilada8 ou HbA1c9, que indica o nível médio de glicemia7 ao longo dos 2 ou 3 meses anteriores. O nível de HbA1c9 de pessoas sem diabetes1 tende a situar-se entre 4% e 6% e o alvo para a maioria das pessoas diabéticas é um resultado de teste inferior a 7%.
O algoritmo atualizado recomenda que se uma pessoa recém-diagnosticada com diabetes tipo 22 não alcançar o nível de HbA1c9 adequado depois de três meses das mudanças no estilo de vida e do uso da metformina6, o seu médico deve adicionar uma outra medicação no tratamento, que pode ser qualquer uma das sulfonilureias10, tiazolidinedionas, agonistas do receptor GLP-1, inibidores de DPP-4 ou uma classe de insulina11 basal. Se uma combinação de dois medicamentos não permitir o alcance de um nível adequado de HbA1c9 em cerca de três meses, acrescenta-se outra medicação das classes listadas acima. E se a terapia de combinação que inclui a insulina11 basal não resultar na obtenção de um nível de HbA1c9 adequado, iniciam-se múltiplas doses diárias de insulina11 de ação curta ou rápida antes das refeições.
Outros fármacos que não estão incluídos no algoritmo, mas que podem beneficiar certos indivíduos, incluem meglitinidas, inibidores da alfa-glicosidase, colesevelam, bromocriptina e pramlintide.