Uma população doente é uma população cara: novo estudo europeu mostra que os benefícios de melhorar a saúde pública vão além de reduzir os custos de cuidados com a saúde
Indivíduos saudáveis podem afetar a economia de quatro formas: sendo mais produtivos e obtendo maiores lucros; participando por mais tempo da força de trabalho, uma vez que pessoas doentes faltam mais ao trabalho e aposentam mais cedo; podendo investir mais em sua educação, o que colabora para aumentar sua produtividade; podendo economizar mais para uma vida mais longa - por exemplo, para aposentadoria - aumentando os fundos disponíveis para investimento na economia.
Evidências consistentes e substanciais de países ricos mostram que pessoas saudáveis ganham mais, embora a escala de associação varie com os dados e os métodos utilizados na pesquisa. Alguns estudos examinaram medidas como a altura, que reflete a saúde1 na infância, e o índice de massa corporal2, que fornece uma medida indireta da saúde1. Segundo dados do estudo, pessoas mais altas ganham mais do que a média e os obesos tendem a ganhar menos, embora as conseqüências adversas da obesidade3 sejam maiores para as mulheres do que para os homens. Entretanto, estes achados poderiam refletir desvios ligados à aceitabilidade social da imagem corporal ao invés de uma ligação direta com a produtividade, diz o estudo.
Muitos estudos mostram que a boa saúde1 aumenta o número das horas trabalhadas e a probabilidade de um indivíduo estar empregado. Por outro lado, uma saúde1 precária aumenta a probabilidade de alguém estar desempregado ou de se aposentar mais cedo.
Problemas de saúde1 afetam outros membros da família. No geral, os homens cujas esposas se tornam doentes reduzem a quantidade de trabalho, ao passo que as mulheres trabalham mais se seus maridos se tornarem doentes.
Um estudo em 10 países industrializados, mostrou que uma população saudável melhora a taxa de crescimento econômico em aproximadamente 30%. Isto está de acordo com os melhores padrões dietéticos e de saúde1 presentes nestas populações, assim como com melhores cuidados médicos disponíveis.
Fonte: British Medical Journal