Doença de Gaucher: Brasil produzirá novo medicamento com base biotecnológica, segundo informa o Ministério da Saúde
O ministro da Saúde1, José Gomes Temporão, anunciou acordo de transferência de tecnologia em biotecnologia entre a multinacional americana Pfizer, a israelense Protalix e o Ministério da Saúde1, por meio do laboratório público Biomanguinhos. Em cinco anos, o medicamento para o tratamento da doença de Gaucher, taliglucerase alfa, passará a ser produzido pelo laboratório público brasileiro.
O acordo garante a aquisição do produto, a transferência de tecnologia e deve gerar uma economia de R$70 milhões aos cofres públicos no período. A Pfizer detém os direitos comerciais do produto em todo o mundo, exceto em Israel.
Esta parceria capacita o Brasil a produzir outros produtos que envolvam um processo biológico na sua produção, já que colabora para uma maior independência em relação à biotecnologia e ao conhecimento na produção de insumos para a saúde1.
A produção do medicamento em território brasileiro é estratégica para o tratamento dos pacientes portadores da doença de Gaucher. Até agosto, o único medicamento que poderia ser comprado pelo governo federal para atender a esses pacientes era a imiglucerase. No entanto, o remédio está em falta em todo o mundo desde que o único produtor mundial (a Genzyme) comunicou, em julho de 2009, a suspensão temporária de sua fabricação depois da contaminação de seus equipamentos por um vírus2.
A doença de Gaucher é genética e seus principais sintomas3 são fadiga4 devido à anemia5, sangramentos, dores ósseas, fraturas espontâneas, cirrose6, fibrose7, desconforto abdominal pelo crescimento do fígado8 ou do baço9 e varizes10 esofageanas.
Fonte: Ministério da Saúde1