Associação de lítio e valproato ou monoterapia com lítio ajuda a evitar as recaídas da doença bipolar, segundo estudo publicado no The Lancet
O uso de carbonato de lítio ou valproato é recomendado como monoterapia para a prevenção das recaídas na doença bipolar, mas não é completamente efetivo para muitos pacientes. Se a combinação dessas duas medicações é melhor do que a monoterapia, muitas recaídas e incapacidades podem ser evitadas. O estudo BALANCE, publicado no periódico The Lancet, teve o propósito de verificar esta efetividade.
Participaram do estudo randomizado1, 330 pacientes com idade mínima de 16 anos e com diagnóstico2 de doença bipolar I provenientes dos Estados Unidos, França, Reino Unido e Itália. O grupo foi dividido nos que estavam em monoterapia com lítio (n=110), monoterapia com valproato (n=110) ou em uso da associação dos dois agentes (n= 110) e acompanhado durante pelo menos 24 meses.
Os resultados mostram que para pessoas com doença bipolar I, para as quais a terapia de longo prazo está clinicamente indicada, tanto a associação dos dois agentes como o uso de carbonato de lítio como monoterapia são mais prováveis de prevenir as recaídas do que a monoterapia com o valproato. O estudo BALANCE não conseguiu confirmar ou refutar o benefício de uso da associação dos dois agentes comparados à monoterapia com o lítio.
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