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Prozac (fluoxetina) é esperança para tratamento da TPM, conforme divulgado no British Science Festival

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A Dra. Thelma Lovick, da University of Birmingham, divulgou no British Science Festival que estudo realizado com ratas em laboratório mostrou que doses baixas do antidepressivo Prozac (fluoxetina) - apenas 2mg de fluoxetina logo no início dos dias em que os sintomas1 da TPM aparecem - pode deixar as ratas livres dos sintomas1 desta patologia2. A dose normalmente usada para depressão é de 10 a 20mg.

Outra observação é que quando o antidepressivo é usado para a TPM seu início de ação é imediato, enquanto que quando usado para depressão o início de ação demora cerca de duas semanas para ser sentido.

No início do ciclo menstrual os níveis de progesterona vão aumentando para preparar o útero3 para receber o ovo4. Se o óvulo5 não é fertilizado, os níveis de progesterona caem. É quando começam os sintomas1 da TPM, por volta do início da segunda metade do ciclo menstrual. Um dos metabólitos6 da progesterona é a alopregnenolona (ALLO), a qual inibe a atividade do circuito cerebral envolvido no controle das emoções. Quando os níveis de ALLO caem, como ocorre durante o período pré-menstrual, esta inibição é reduzida e os sintomas1 da TPM aparecem. A ALLO geralmente produz efeitos calmantes. No presente estudo, doses baixas de fluoxetina foram testadas para aumentar os níveis de ALLO, evitando o desencadeamento do aparecimento dos sintomas1 da TPM.

Os resultados ainda precisam ser estudados em humanos, mas a coordenadora diz que o tratamento parece não funcionar para uma pequena parcela de mulheres (3 ou 4%) que sofrem de uma condição psiquiátrica conhecida como desordem disfórica pré-menstrual (DDPM).

Lovick e colaboradores esperam confirmar os achados laboratoriais em uma triagem clínica futura.

Fonte: British Science Association

NEWS.MED.BR, 2010. Prozac (fluoxetina) é esperança para tratamento da TPM, conforme divulgado no British Science Festival. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/pharma-news/72592/prozac-fluoxetina-e-esperanca-para-tratamento-da-tpm-conforme-divulgado-no-british-science-festival.htm>. Acesso em: 19 abr. 2024.

Complementos

1 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
2 Patologia: 1. Especialidade médica que estuda as doenças e as alterações que estas provocam no organismo. 2. Qualquer desvio anatômico e/ou fisiológico, em relação à normalidade, que constitua uma doença ou caracterize determinada doença. 3. Por extensão de sentido, é o desvio em relação ao que é próprio ou adequado ou em relação ao que é considerado como o estado normal de uma coisa inanimada ou imaterial.
3 Útero: Orgão muscular oco (de paredes espessas), na pelve feminina. Constituído pelo fundo (corpo), local de IMPLANTAÇÃO DO EMBRIÃO e DESENVOLVIMENTO FETAL. Além do istmo (na extremidade perineal do fundo), encontra-se o COLO DO ÚTERO (pescoço), que se abre para a VAGINA. Além dos istmos (na extremidade abdominal superior do fundo), encontram-se as TUBAS UTERINAS.
4 Ovo: 1. Célula germinativa feminina (haploide e madura) expelida pelo OVÁRIO durante a OVULAÇÃO. 2. Em alguns animais, como aves, répteis e peixes, é a estrutura expelida do corpo da mãe, que consiste no óvulo fecundado, com as reservas alimentares e os envoltórios protetores.
5 Óvulo: Célula germinativa feminina (haplóide e madura) expelida pelo OVÁRIO durante a OVULAÇÃO.
6 Metabólitos: Qualquer composto intermediário das reações enzimáticas do metabolismo.
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