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Sou hipertenso. O que fazer?

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A hipertensão1 é uma doença que atinge um grande número de pessoas em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, estima-se que 15% a 20% da população adulta possa ter pressão alta. Embora o problema ocorra predominantemente na fase adulta, o número de crianças e adolescentes hipertensos vem aumentando a cada dia.

Este texto visa informar e esclarecer algumas dúvidas básicas que os pacientes possam ter ao longo deste processo, além de fornecer orientações de prevenção e melhorias dos hábitos do dia-a-dia.

É um material livre para cópia e divulgação.

 

O que é hipertensão arterial2?

 

A pressão alta (hipertensão arterial2) caracteriza-se pela presença de níveis de pressão arterial3 elevados associados a alterações no metabolismo4 do organismo, nos hormônios e nas musculaturas cardíaca e vascular5.

Considerada um dos principais fatores de risco de doença, é responsável por cerca de 40% dos casos de aposentadoria precoce e de absenteísmo no trabalho em nosso meio. É uma condição de causas multifatoriais que deve receber a atenção e o cuidado de todos. Atualmente observamos a ampliação e o aperfeiçoamento dos métodos de diagnóstico6, de tratamento e da abordagem multiprofissional do paciente hipertenso. Também é importante considerar a implementação de estratégias que visem prevenir a doença antes que ela ocorra.

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O que contribui para o aparecimento da hipertensão1?

O aumento da pressão arterial3 com a idade não representa um comportamento fisiológico7 normal do seu organismo. A prevenção desse aumento constitui o meio mais eficiente de combater a hipertensão arterial2, evitando-se as dificuldades e o elevado custo social de seu tratamento e de suas complicações.

Pesquise se em sua família existem pessoas hipertensas. Caso faça parte deste grupo, procure orientação sobre como começar a agir para dificultar o aparecimento desta característica em seu organismo.

A ocorrência de níveis elevados de pressão arterial3 é facilitada pelo estilo de vida: elevada ingestão de sal, baixa ingestão de potássio, alta ingestão calórica e excessivo consumo de álcool. Os dois últimos fatores de risco são os que mais contribuem para o desenvolvimento de peso excessivo ou obesidade8, que estão diretamente relacionados à elevação da pressão arterial3. O papel do teor de cálcio, magnésio e proteína da dieta na prevenção da pressão arterial3 ainda não está definido.

O estresse psicológico e o sedentarismo9 ainda aguardam provas mais definitivas de participação como fatores de risco, embora existam evidências de que sua modificação pode ser benéfica no tratamento da hipertensão arterial2.

Uma vez hipertenso, o paciente deve saber como fazer para prevenir as complicações da pressão alta, como as doenças do coração10 e dos vasos sangüíneos11. No passado, era difícil diagnosticar e controlar a pressão arterial3, mas atualmente os estudos científicos já definiram que pequenas mudanças no seu dia-a-dia são capazes de tornar sua vida melhor. Basta conhecê-las e aplicá-las.

O aumento do risco cardiovascular ocorre também pela agregação de outros fatores, tais como tabagismo e dislipidemias - alterações nos níveis de colesterol12 e triglicérides13, intolerância à glicose14 e diabetes melito15.

 

 

O que fazer para prevenir e controlar a pressão alta?

 

- Controle do peso

Confira o seu índice de massa corporal16. Basta fazer o cálculo17 do seu peso em quilogramas dividido pelo quadrado da sua altura em metros. O resultado deve estar situado em um índice de massa corporal16 entre 20 kg/m² e 25 kg/m².

Para manter o seu peso em uma faixa de peso ideal você deve seguir uma dieta hipocalórica18 balanceada orientada individualmente por um nutricionista19, evitando o jejum ou o uso de dietas "milagrosas", que causam mais danos ao organismo que benefícios. Esta dieta deve constituir-se de uma mudança em busca da ingestão de alimentos mais saudáveis que respeitem suas preferências.

O aumento de atividade física diária deve estar associado à mudança de hábitos alimentares. Esta prática deve ser orientada e estimulada por profissionais com treinamento específico e com prévia avaliação médica.

O uso de anorexígenos20 - remédios para emagrecer - não é aconselhável pelo risco de complicações cardiovasculares. Esses objetivos devem ser permanentes, evitando-se grandes e indesejáveis flutuações do peso.

A perda de peso é muito importante, mas não mais que a manutenção do peso alcançado com as mudanças de hábitos citadas acima.

 

- Redução da ingestão de sal (cloreto de sódio)

Limitar a ingestão diária de sódio ao máximo de 2,4 g de sódio ou 6 g de cloreto de sódio (uma colher de chá). Esse total deve incluir o sódio contido nos alimentos naturais e manufaturados. O sal é considerado um fator importante no desenvolvimento e na intensidade da hipertensão arterial2. Sua restrição também está associada a uma redução da mortalidade21 por acidente vascular5 encefálico e regressão da hipertrofia22 ventricular esquerda - aumento da musculatura do ventrículo esquerdo do coração10.

Na prática, devem ser evitados alimentos enlatados, conservas, embutidos e defumados. Utilizar o mínimo de sal no preparo dos alimentos, além de evitar o uso de saleiro à mesa, durante as refeições. Para que o efeito hipotensor máximo da restrição salina se manifeste, é necessário um intervalo de pelo menos 8 semanas.

São exemplos de alimentos ricos em sal:

Sal de cozinha (cloreto de sódio) e temperos industrializados;

Alimentos industrializados23 (ketchup, mostarda, molho shoyu, caldos concentrados);

Embutidos (salsicha, mortadela, lingüiça, presunto, salame, paio);

Conservas (picles, azeitona, aspargo, palmito);

Enlatados (extrato de tomate, milho, ervilha);

Bacalhau, carne seca, defumados;

Aditivos (glutamato monossódico) utilizados em alguns condimentos e sopas de pacote;

Queijos em geral.

 

 

- Aumento da ingestão de potássio

É recomendável que a ingestão diária de potássio fique entre 2 e 4g, contidos em uma dieta rica em frutas e vegetais frescos.

A ingestão do potássio pode ser aumentada pela escolha de alimentos pobres em sódio e ricos em potássio (feijão, ervilha, vegetais de cor verde-escuro, banana, melão, cenoura, beterraba, frutas secas, tomate, batata inglesa e laranja).

Existe a possibilidade de o potássio exercer efeito anti-hipertensivo, ter ação protetora contra danos cardiovasculares e servir como medida auxiliar em pacientes submetidos a terapia com diuréticos24 - que expoliam o potássio, desde que não existam contra-indicações.

 

- Redução ou abandono da ingestão de álcool

O consumo excessivo de álcool eleva a pressão arterial3, causa variações nos níveis pressóricos25, aumenta a prevalência26 de hipertensão1, é fator de risco27 para acidente vascular5 encefálico, além de ser uma das causas de resistência a medicamentos anti-hipertensivos.

Para os hipertensos do sexo masculino que fazem uso de bebida alcoólica, é aconselhável que o consumo não ultrapasse 30 ml de etanol/dia, contidos em 60 ml de bebidas destiladas (uísque, vodca, aguardente, etc.), 240 ml de vinho ou 720 ml de cerveja. Em relação às mulheres e indivíduos de baixo peso, a ingestão alcoólica não deve ultrapassar 15 ml de etanol/dia - metade do preconizado para os homens. Aos pacientes que não conseguem se enquadrar nesses limites de consumo, sugere-se o abandono do consumo de bebidas alcoólicas.

 

 

- Prática regular de exercícios físicos

Praticar exercícios físicos aeróbios por um período de 30 a 45 minutos por dia, três a cinco vezes por semana é um bom começo.

O exercício físico regular reduz a pressão arterial3, além de contribuir para a diminuição do peso corporal e de ter ação coadjuvante28 no tratamento das dislipidemias, da resistência à insulina29, do abandono do tabagismo e do controle do estresse. Contribui, ainda, para a redução do risco de indivíduos normotensos desenvolverem hipertensão1.

O baixo nível de condicionamento físico está associado a maior risco de óbito30 por doenças coronarianas e cardiovasculares em homens sadios, independentemente dos fatores de risco convencionais.

Exercícios isométricos, como levantamento de peso, não são recomendáveis para indivíduos hipertensos. Pacientes em uso de medicamentos anti-hipertensivos que interferem na freqüência cardíaca (como, por exemplo, betabloqueadores) devem ser previamente submetidos a avaliação médica.

 

 

- Suplemento de cálcio e magnésio

Manter ingestão adequada de cálcio e magnésio. A suplementação31 dietética ou farmacológica desses cátions ainda não tem embasamento científico suficiente para ser recomendada como medida preventiva.

A manutenção de ingestão adequada de cálcio é uma medida recomendável na prevenção da osteoporose32.

 

- Combate ao tabagismo

O cigarro eleva agudamente a pressão arterial3 e favorece o desenvolvimento e as complicações da aterosclerose33 - doença crônica e degenerativa34 que leva à obstrução das artérias35 por depósito de gorduras em seu interior. A interrupção do fumo reduz o risco de acidente vascular5 encefálico - derrame36, de doença isquêmica do coração10 - infarto37, de doença vascular5 arterial periférica - trombose38 e de morte súbita.

A exposição ao fumo (tabagismo passivo) também deve ser evitada, pois o tabagismo é a mais importante causa modificável de morte.

 

- Dislipidemias

A hipercolesterolemia39 - aumento do colesterol12 ruim no sangue40 ou LDL41-colesterol12 é um dos maiores fatores de risco cardiovascular. Os alimentos ricos em colesterol12 ou em gorduras saturadas42 são: porco (banha, carne, bacon, torresmo), carne de gado com gordura43 visível, lingüiça, salame, mortadela, presunto, salsicha, sardinha, miúdos (coração10, moela, fígado44, miolos, rim45), dobradinha, caldo de mocotó, frutos do mar (camarão, mexilhão, ostras), pele46 de frango, couro de peixe, leite integral, creme de leite, nata, manteiga, gema de ovo47 e suas preparações, frituras com qualquer tipo de gordura43, óleo, leite e polpa de coco, azeite de dendê, castanhas, amendoim, sorvetes, chocolate e derivados.

O HDL48-colesterol12 - conhecido como bom colesterol12 - quando está baixo, pode ser aumentado em resposta à redução do peso, à prática de exercícios físicos e à suspensão do hábito de fumar.

O aumento dos triglicerídeos deve ser tratado com as medidas dietéticas referidas anteriormente, acrescidas da redução da ingestão de carboidratos simples e de bebidas alcoólicas. Quando necessário, recomenda-se o uso de fibratos, prescritos por seu médico.

Entre os alimentos que aumentam os triglicérides13 estão todas as preparações que contenham açúcar49. Mel e derivados, cana de açúcar49, garapa, melado, rapadura, bebidas alcoólicas e todos os alimentos ricos em gordura43.

Como medidas dietéticas gerais recomenda-se aumentar o conteúdo de fibras da dieta, substituir os carboidratos simples (açúcar49, mel e doces) pelos complexos (massas, cereais, frutas, grãos, raízes e legumes), restringir bebidas alcoólicas, reduzir a ingestão de gorduras saturadas42, utilizando preferencialmente gorduras mono e poliinsaturadas na dieta.

 

 

- Intolerância à glicose14 e diabetes melito15

Resistência à insulina29 e diabetes melito15 são condições freqüentemente associadas à hipertensão arterial2, favorecendo a ocorrência de doenças cardiovasculares50, principalmente coronarianas. Sua prevenção tem como base a redução da ingestão calórica, a prática regular de exercícios físicos aeróbios e a redução da ingestão de açúcares simples.

 

- Menopausa51

A diminuição da atividade estrogênica - estrôgenio é um dos hormônios femininos - após a menopausa51 aumenta de duas a quatro vezes o risco cardiovascular. A reposição estrogênica após a menopausa51 não está contra-indicada para

mulheres hipertensas, pois tem pouca interferência sobre a pressão arterial3. Converse com seu ginecologista sobre isto.

 

É importante lembrar que a reposição hormonal é contra-indicada para mulheres de alto risco cardiovascular. Como um pequeno número de mulheres apresenta elevação da pressão arterial3, há necessidade de avaliação periódica da pressão após o início da reposição.

 

Devido ao aumento de risco de eventos coronarianos, cerebrovasculares e tromboembolismo52 venoso, a terapia de reposição hormonal não deve ser utilizada com o intuito de promover proteção cardiovascular.

 

- Estresse oxidativo

Acumulam-se evidências de que o estresse oxidativo é um fator de risco27 relevante para doença cardiovascular, podendo associar-se com dieta hipercalórica e pobre em frutas e vegetais. A correção desse desvio alimentar pode minimizar esse risco. Todavia, a recomendação para suplementar antioxidantes requer evidências mais consistentes.

 

- Estresse psicológico

A redução do estresse psicológico é recomendável para diminuir a sobrecarga de influências neuro-humorais do sistema nervoso central53 sobre a circulação54. Contudo, a eficácia de técnicas terapêuticas de combate ao estresse com vistas à prevenção e ao tratamento da hipertensão arterial2 ainda não está estabelecida universalmente.

Há evidências de possíveis efeitos do estresse psicossocial na pressão arterial3 relacionadas a "condições estressantes", tais como pobreza, insatisfação social, baixo nível educacional, desemprego, inatividade física e, em especial, aquelas atividades profissionais caracterizadas por altas demandas psicológicas e baixo controle dessas situações.

Técnicas de relaxamento, tais como ioga, biofeedback, meditação transcendental, tai chi chuan e psicoterapia, não são superiores a técnicas fictícias ou a automonitorização.

 

- Medicamentos que podem aumentar a pressão arterial3

 

Algumas medicações podem influenciar a sua pressão. Se você faz uso de algum dos medicamentos citados abaixo, converse com o seu médico. Ele saberá como você deve agir.

Anticoncepcionais orais, antiinflamatórios não-esteróides, anti-histamínicos e descongestionantes, antidepressivos tricíclicos, corticosteróides, esteróides anabolizantes, vasoconstritores nasais, carbenoxolona, ciclosporina, inibidores da monoaminoxidase55 (IMAO56), chumbo, cádmio, tálio57, alcalóides derivados do "ergot", moderadores do apetite, hormônios tireoideanos (altas doses), antiácidos58 ricos em sódio e eritropoetina59.

 

 

Outras dicas de dieta

Recomenda-se aumentar o conteúdo de fibras da dieta (grãos, frutas, cereais integrais, hortaliças e legumes, preferencialmente crus).

Preparar as carnes de aves sem a pele46 e os peixes sem o couro, retirar a gordura43 visível das carnes vermelhas, evitar o uso de gorduras saturadas42 no preparo dos alimentos, dar preferência aos produtos desnatados e às margarinas cremosas.

São exemplos de óleos insaturados: soja, canola, oliva, milho, girassol e algodão, preferencialmente os três primeiros.

Evitar o uso de óleo de coco e dendê.

Evitar frituras. Ingerir alimentos cozidos, assados, grelhados ou refogados.

Preferir ervas, especiarias e limão para temperar os alimentos.

Note que os alimentos não são proibidos na sua dieta. Todos nós temos direito a um churrasquinho no final de semana junto com os amigos. O que deve estar na sua mente é que é possível ficar bem com uma dieta mais equilibrada. O benefício para o seu organismo compensa o seu esforço de mudança. Você se sentirá mais ativo e com mais disposição para as tarefas diárias. Sua produtividade vai aumentar e, com ela, todos os resultados serão alcançados mais rapidamente.

 

Mude seus hábitos e viva tranqüilo

Essas medidas preventivas devem ser adotadas desde a infância. Toda a família deve participar e colaborar na melhoria da qualidade de vida. Uma vez que bons hábitos são adquiridos, fica fácil mantê-los. Controle do peso, dieta balanceada e prática de exercícios físicos regulares são medidas simples, que, quando implementadas desde fases precoces da vida, representam benefício potencial sobre o perfil de risco para doenças cardíacas e vasculares60.

A presença de fatores de risco não-modificáveis, tais como homens com mais de 45 anos e mulheres com mais de 55 anos, parentes de primeiro grau com doença coronariana61 em idades prematuras (homens com menos de 55 anos e mulheres com menos de 65 anos), significa que é necessário um maior rigor no controle dos fatores de risco modificáveis.

Uma equipe de apoio com profissionais de especialidades diferentes como nutricionistas, enfermeiros, médicos e professores de educação física podem auxiliá-lo a seguir um programa preparado especialmente para você.

Também é interessante participar de grupos de hipertensos para conhecer pessoas que, na mesma situação, muitas vezes se adaptam de forma prazerosa às novas atividades. Também é uma ótima oportunidade para criar novos amigos.

 

Equipe Médica Centralx62

NEWS.MED.BR, 2005. Sou hipertenso. O que fazer?. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/para-pacientes/812/sou-hipertenso-o-que-fazer.htm>. Acesso em: 19 mar. 2024.

Complementos

1 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
2 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
3 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
4 Metabolismo: É o conjunto de transformações que as substâncias químicas sofrem no interior dos organismos vivos. São essas reações que permitem a uma célula ou um sistema transformar os alimentos em energia, que será ultilizada pelas células para que as mesmas se multipliquem, cresçam e movimentem-se. O metabolismo divide-se em duas etapas: catabolismo e anabolismo.
5 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
6 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
7 Fisiológico: Relativo à fisiologia. A fisiologia é estudo das funções e do funcionamento normal dos seres vivos, especialmente dos processos físico-químicos que ocorrem nas células, tecidos, órgãos e sistemas dos seres vivos sadios.
8 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
9 Sedentarismo: Qualidade de quem ou do que é sedentário, ou de quem tem vida e/ou hábitos sedentários. Sedentário é aquele que se exercita pouco, que não se movimenta muito.
10 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
11 Vasos sangüíneos: Órgãos em forma de tubos que se ramificam por todo o organismo. Existem três tipos principais de vasos sangüíneos que são as artérias, veias e capilares.
12 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
13 Triglicérides: A principal maneira de armazenar os lipídeos no tecido adiposo é sob a forma de triglicérides. São também os tipos de lipídeos mais abundantes na alimentação. Podem ser definidos como compostos formados pela união de três ácidos graxos com glicerol. Os triglicérides sólidos em temperatura ambiente são conhecidos como gorduras, enquanto os líquidos são os óleos. As gorduras geralmente possuem uma alta proporção de ácidos graxos saturados de cadeia longa, já os óleos normalmente contêm mais ácidos graxos insaturados de cadeia curta.
14 Glicose: Uma das formas mais simples de açúcar.
15 Diabetes melito: Condição caracterizada por hiperglicemia resultante da inabilidade do organismo para usar a glicose sangüínea para produzir energia. No diabetes tipo 1, o pâncreas não mais produz insulina. Assim, a glicose não pode entrar nas células para ser usada como energia. No diabetes tipo 2, o pâncreas também não produz quantidade suficiente de insulina, ou então o organismo não é capaz de usar corretamente a insulina produzida.
16 Índice de massa corporal: Medida usada para avaliar se uma pessoa está abaixo do peso, com peso normal, com sobrepeso ou obesa. É a medida mais usada na prática para saber se você é considerado obeso ou não. Também conhecido como IMC. É calculado dividindo-se o peso corporal em quilogramas pelo quadrado da altura em metros. Existe uma tabela da Organização Mundial de Saúde que classifica as medidas de acordo com o resultado encontrado.
17 Cálculo: Formação sólida, produto da precipitação de diferentes substâncias dissolvidas nos líquidos corporais, podendo variar em sua composição segundo diferentes condições biológicas. Podem ser produzidos no sistema biliar (cálculos biliares) e nos rins (cálculos renais) e serem formados de colesterol, ácido úrico, oxalato de cálcio, pigmentos biliares, etc.
18 Hipocalórica: Que é pouco calórica.
19 Nutricionista: Especialista em nutricionismo, ou seja, especialista no estudo das necessidades alimentares dos seres humanos e animais, e dos problemas relativos à nutrição.
20 Anorexígenos: Que ou o que provoca anorexia (diz-se de substância ou droga), ou seja, que ou o que produz falta ou perda de apetite.
21 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
22 Hipertrofia: 1. Desenvolvimento ou crescimento excessivo de um órgão ou de parte dele devido a um aumento do tamanho de suas células constituintes. 2. Desenvolvimento ou crescimento excessivo, em tamanho ou em complexidade (de alguma coisa). 3. Em medicina, é aumento do tamanho (mas não da quantidade) de células que compõem um tecido. Pode ser acompanhada pelo aumento do tamanho do órgão do qual faz parte.
23 Alimentos industrializados: São aqueles que passam por processamento industrial (larga escala) ou doméstico, contendo elementos químicos. Este processo de transformação, mesmo que caseiro, é percebido como menos saudável que o natural. Geralmente estes produtos sofrem junção com outro tipo de produto, como conservantes, ou alterações em sua temperatura. Exemplo: qualquer produto enlatado, engarrafado ou embutidos.
24 Diuréticos: Grupo de fármacos que atuam no rim, aumentando o volume e o grau de diluição da urina. Eles depletam os níveis de água e cloreto de sódio sangüíneos. São usados no tratamento da hipertensão arterial, insuficiência renal, insuficiência cardiaca ou cirrose do fígado. Há dois tipos de diuréticos, os que atuam diretamente nos túbulos renais, modificando a sua atividade secretora e absorvente; e aqueles que modificam o conteúdo do filtrado glomerular, dificultando indiretamente a reabsorção da água e sal.
25 Níveis pressóricos: Em cardiologia, níveis pressóricos são os níveis de pressão arterial.
26 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
27 Fator de risco: Qualquer coisa que aumente a chance de uma pessoa desenvolver uma doença.
28 Coadjuvante: Que ou o que coadjuva, auxilia ou concorre para um objetivo comum.
29 Resistência à insulina: Inabilidade do corpo para responder e usar a insulina produzida. A resistência à insulina pode estar relacionada à obesidade, hipertensão e altos níveis de colesterol no sangue.
30 Óbito: Morte de pessoa; passamento, falecimento.
31 Suplementação: Que serve de suplemento para suprir o que falta, que completa ou amplia.
32 Osteoporose: Doença óssea caracterizada pela diminuição da formação de matriz óssea que predispõe a pessoa a sofrer fraturas com traumatismos mínimos ou mesmo na ausência deles. É influenciada por hormônios, sendo comum nas mulheres pós-menopausa. A terapia de reposição hormonal, que administra estrógenos a mulheres que não mais o produzem, tem como um dos seus objetivos minimizar esta doença.
33 Aterosclerose: Tipo de arteriosclerose caracterizado pela formação de placas de ateroma sobre a parede das artérias.
34 Degenerativa: Relativa a ou que provoca degeneração.
35 Artérias: Os vasos que transportam sangue para fora do coração.
36 Derrame: Conhecido popularmente como derrame cerebral, o acidente vascular cerebral (AVC) ou encefálico é uma doença que consiste na interrupção súbita do suprimento de sangue com oxigênio e nutrientes para o cérebro, lesando células nervosas, o que pode resultar em graves conseqüências, como inabilidade para falar ou mover partes do corpo. Há dois tipos de derrame, o isquêmico e o hemorrágico.
37 Infarto: Morte de um tecido por irrigação sangüínea insuficiente. O exemplo mais conhecido é o infarto do miocárdio, no qual se produz a obstrução das artérias coronárias com conseqüente lesão irreversível do músculo cardíaco.
38 Trombose: Formação de trombos no interior de um vaso sanguíneo. Pode ser venosa ou arterial e produz diferentes sintomas segundo os territórios afetados. A trombose de uma artéria coronariana pode produzir um infarto do miocárdio.
39 Hipercolesterolemia: Aumento dos níveis de colesterol do sangue. Está associada a uma maior predisposição ao desenvolvimento de aterosclerose.
40 Sangue: O sangue é uma substância líquida que circula pelas artérias e veias do organismo. Em um adulto sadio, cerca de 45% do volume de seu sangue é composto por células (a maioria glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas). O sangue é vermelho brilhante, quando oxigenado nos pulmões (nos alvéolos pulmonares). Ele adquire uma tonalidade mais azulada, quando perde seu oxigênio, através das veias e dos pequenos vasos denominados capilares.
41 LDL: Lipoproteína de baixa densidade, encarregada de transportar colesterol através do sangue. Devido à sua tendência em depositar o colesterol nas paredes arteriais e a produzir aterosclerose, tem sido denominada “mau colesterol“.
42 Gorduras saturadas: Elas são encontradas principalmente em produtos de origem animal. Em temperatura ambiente, apresentam-se em estado sólido. Estão nas carnes vermelhas e brancas (principalmente gordura da carne e pele das aves e peixes), leite e seus derivados integrais (manteiga, creme de leite, iogurte, nata) e azeite de dendê.
43 Gordura: Um dos três principais nutrientes dos alimentos. Os alimentos que fornecem gordura são: manteiga, margarina, óleos, nozes, carnes vermelhas, peixes, frango e alguns derivados do leite. O excesso de calorias é estocado no organismo na forma de gordura, fornecendo uma reserva de energia ao organismo.
44 Fígado: Órgão que transforma alimento em energia, remove álcool e toxinas do sangue e fabrica bile. A bile, produzida pelo fígado, é importante na digestão, especialmente das gorduras. Após secretada pelas células hepáticas ela é recolhida por canalículos progressivamente maiores que a levam para dois canais que se juntam na saída do fígado e a conduzem intermitentemente até o duodeno, que é a primeira porção do intestino delgado. Com esse canal biliar comum, chamado ducto hepático, comunica-se a vesícula biliar através de um canal sinuoso, chamado ducto cístico. Quando recebe esse canal de drenagem da vesícula biliar, o canal hepático comum muda de nome para colédoco. Este, ao entrar na parede do duodeno, tem um músculo circular, designado esfíncter de Oddi, que controla o seu esvaziamento para o intestino.
45 Rim: Os rins são órgãos em forma de feijão que filtram o sangue e formam a urina. Os rins são localizados na região posterior do abdômen, um de cada lado da coluna vertebral.
46 Pele: Camada externa do corpo, que o protege do meio ambiente. Composta por DERME e EPIDERME.
47 Ovo: 1. Célula germinativa feminina (haploide e madura) expelida pelo OVÁRIO durante a OVULAÇÃO. 2. Em alguns animais, como aves, répteis e peixes, é a estrutura expelida do corpo da mãe, que consiste no óvulo fecundado, com as reservas alimentares e os envoltórios protetores.
48 HDL: Abreviatura utilizada para denominar um tipo de proteína encarregada de transportar o colesterol sanguíneo, que se relaciona com menor risco cardiovascular. Também é conhecido como “Bom Colesterolâ€. Seus valores normais são de 35-50mg/dl.
49 Açúcar: 1. Classe de carboidratos com sabor adocicado, incluindo glicose, frutose e sacarose. 2. Termo usado para se referir à glicemia sangüínea.
50 Doenças cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares).
51 Menopausa: Estado fisiológico caracterizado pela interrupção dos ciclos menstruais normais, acompanhada de alterações hormonais em mulheres após os 45 anos.
52 Tromboembolismo: Doença produzida pela impactação de um fragmento de um trombo. É produzida quando este se desprende de seu lugar de origem, e é levado pela corrente sangüínea até produzir a oclusão de uma artéria distante do local de origem do trombo. Esta oclusão pode ter diversas conseqüências, desde leves até fatais, dependendo do tamanho do vaso ocluído e do tipo de circulação do órgão onde se deu a oclusão.
53 Sistema Nervoso Central: Principais órgãos processadores de informação do sistema nervoso, compreendendo cérebro, medula espinhal e meninges.
54 Circulação: 1. Ato ou efeito de circular. 2. Facilidade de se mover usando as vias de comunicação; giro, curso, trânsito. 3. Movimento do sangue, fluxo de sangue através dos vasos sanguíneos do corpo e do coração.
55 Inibidores da monoaminoxidase: Tipo de antidepressivo que inibe a enzima monoaminoxidase (ou MAO), hoje usado geralmente como droga de terceira linha para a depressão devido às restrições dietéticas e ao uso de certos medicamentos que seu uso impõe. Deve ser considerada droga de primeira escolha no tratamento da depressão atípica (com sensibilidade à rejeição) ou agente útil no distúrbio do pânico e na depressão refratária. Pode causar hipotensão ortostática e efeitos simpaticomiméticos tais como taquicardia, suores e tremores. Náusea, insônia (associada à intensa sonolência à tarde) e disfunção sexual são comuns. Os efeitos sobre o sistema nervoso central incluem agitação e psicoses tóxicas. O término da terapia com inibidores da MAO pode estar associado à ansiedade, agitação, desaceleração cognitiva e dor de cabeça, por isso sua retirada deve ser muito gradual e orientada por um médico psiquiatra.
56 IMAO: Tipo de antidepressivo que inibe a enzima monoaminoxidase (ou MAO), hoje usado geralmente como droga de terceira linha para a depressão devido às restrições dietéticas e ao uso de certos medicamentos que seu uso impõe. Deve ser considerada droga de primeira escolha no tratamento da depressão atípica (com sensibilidade à rejeição) ou agente útil no distúrbio do pânico e na depressão refratária. Pode causar hipotensão ortostática e efeitos simpaticomiméticos tais como taquicardia, suores e tremores. Náusea, insônia (associada à intensa sonolência à tarde) e disfunção sexual são comuns. Os efeitos sobre o sistema nervoso central incluem agitação e psicoses tóxicas. O término da terapia com inibidores da MAO pode estar associado à ansiedade, agitação, desaceleração cognitiva e dor de cabeça, por isso sua retirada deve ser muito gradual e orientada por um médico psiquiatra.
57 Tálio: É o elemento químico de número atômico 81.
58 Antiácidos: É uma substância que neutraliza o excesso de ácido, contrariando o seu efeito. É uma base que aumenta os valores de pH de uma solução ácida.
59 Eritropoetina: É uma glicoproteína que controla a eritropoiese, ou seja, a produção de células vermelhas do sangue.
60 Vasculares: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
61 Doença coronariana: Doença do coração causada por estreitamento das artérias que fornecem sangue ao coração. Se o fluxo é cortado, o resultado é um ataque cardíaco.
62 Centralx: Empresa fornecedora de produtos e serviços na área de medicina. Fundada em 1989 a Centralx é líder no mercado de softwares e sistemas de informação médicos no Brasil.
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Complementos

11/12/2005 - Complemento feito por Antonio
Hipertensão
Matéria de excelente qualidade e praticidade. Parabéns.

08/12/2005 - Complemento feito por Sérgio
Hipertensão
O informe sobre hipertensão é sempre útil, sobretudo os conselhos para a melhoria da qualidade de vida. Entretanto, é impossível deixar de registrar que a sociedade é bombardeada sem piedade com a propaganda de alimentos industrializados, de aparência deliciosa mas profundamente danosos à saúde. Basta assistir a um dos programas femininos de TV, pela manhã ou à tarde para verificar-se as trombadas e o caos entre as deliciosas e danosas 'receitas' culinárias e os produtos mirabolantes para emagrecimento. E para completar a anarquia consumista, as embalagens e rótulos dos alimentos nunca dizem a verdade. Alguns chegam a copiar as tabelas de valores nutricionais uns dos outros. Ou se estabelecem políticas de alimentação e se produzam informações coerentes para o bem estar da população, ou deixa-se o pais inteiro ficar doente para depois fazer as correções, então muito mais difíceis como aconteceu nos Estados Unidos com a obesidade do povo

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