NEJM: brodalumab, um anticorpo monoclonal anti-IL 17RA, melhorou a resposta ao tratamento em pacientes com artrite psoriática
Ensaio clínico em fase 2, randomizado1, duplo-cego, controlado por placebo2, envolvendo doentes com artrite3 psoriática foi publicado pelo The New England Journal of Medicine (NEJM). A pesquisa avaliou a eficácia e a segurança do brodalumab, um anticorpo4 monoclonal (recombinante) humanizado contra o receptor da interleucina-17 (IL17RA).
Pacientes com artrite3 psoriática ativa receberam aleatoriamente brodalumab (140 ou 280 mg por via subcutânea5) ou placebo2, no 1° dia e nas semanas 1, 2, 4, 6, 8, e 10 da pesquisa. Na 12ª semana, os pacientes que não tinham descontinuado a sua participação no estudo duplo-cego6 passaram a usar o brodalumab (280 mg), a cada duas semanas, de maneira aberta, ou seja, tanto os pacientes como os pesquisadores agora sabiam a medicação que estava sendo usada (estudo aberto). O desfecho primário foi a melhora de 20% nos critérios de resposta ao tratamento do American College of Rheumatology (ACR 20) na 12ª semana.
Dos 168 pacientes que foram submetidos à randomização (57 no grupo do brodalumab de 140 mg, 56 no grupo do brodalumab de 280 mg e 55 no grupo placebo2), 159 completaram a fase do estudo duplo-cego6 e 134 completaram 40 semanas do estudo aberto. Na 12ª semana, os grupos de 140 mg e 280 mg de brodalumab tiveram maiores taxas no ACR 20 do que o grupo placebo2 (37% [p=0,03] e 39% [p=0,02], respectivamente, versus 18%); eles também tiveram maiores taxas de melhora de 50% (ACR 50) (14% [p=0,05] e 14% [p=0,05] versus 4%). A melhoria de 70% não foi significativamente maior nos grupos do brodalumab. Graus semelhantes de melhora foram observados entre os pacientes que receberam terapia biológica anterior e aqueles que não receberam este tipo de terapia. Na 24ª semana, as taxas de resposta no ACR 20 nos grupos de 140 mg e 280 mg de brodalumab eram 51% e 64%, respectivamente, em comparação com 44% entre os pacientes que mudaram de placebo2 para brodalumab aberto; as respostas foram mantidas até à 52ª semana. Na 12ª semana, os eventos adversos graves ocorreram em 3% dos pacientes nos grupos brodalumab e em 2% naqueles do grupo placebo2.
As conclusões mostram que o brodalumab melhorou significativamente as taxas de resposta ao tratamento entre os pacientes com artrite3 psoriática. Estudos envolvendo maior número de pacientes e de maior duração são necessários para avaliar os eventos adversos do medicamento.
Fonte: The New England Journal of Medicine (NEJM), de 12 de junho de 2014