Atividade física e sua relação com o risco de câncer de mama na pós-menopausa
Evidências epidemiológicas sugerem uma associação inversa entre atividade física e risco para o câncer1 de mama2 na pós-menopausa3. Se existem associações para atividades moderadas, como caminhadas, e se as associações diferem pelo status de receptor de estrogênio (ER), índice de massa corporal4 (IMC5, kg/m²), ganho de peso na idade adulta ou uso de hormônios na pós-menopausa3 (PMH) ainda não está claro. A relação entre o tempo gasto sentado e o câncer1 de mama2 também é incerta.
O trabalho, publicado pelo periódico Cancer1 Epidemiology, Biomarkers & Prevention, mostrou que entre as 73.615 mulheres na pós-menopausa3, com idade variando entre 50 e 73 anos, que participaram do American Cancer1 Society Cancer1 Prevention Study II Nutrition Cohort, 4.760 foram diagnosticadas com câncer1 de mama2 entre 1992 e 2009. A regressão de Cox estendida foi utilizada para estimar os riscos relativos (RR) de câncer1 de mama2 em relação ao total de atividade física de lazer, caminhada e tempo de lazer sentado. Diferenças nas associações por status ER, IMC5, ganho de peso e uso de PMH também foram avaliadas. As mulheres mais ativas (aquelas que relataram mais de 42 MET-horas por semana de atividade física) tiveram um risco 25% menor de câncer1 de mama2 do que as menos ativas [0 a menos de 7 MET-horas/semana, intervalo de confiança de 95% (CI), 0.63-0,89; P=0,01]. 47% das mulheres relataram a caminhada como sua única atividade de lazer, entre estas mulheres, um risco 14% menor foi observado para ≥ 7 horas/semana de caminhada em relação a ≤ 3 horas/semana de caminhada (IC 95%; 0,75-0,98). As associações não diferiram pelo status ER, IMC5, ganho de peso ou uso de PMH. O tempo que passavam assentadas não foi associado ao risco.
Estes resultados sugerem uma associação inversa entre atividade física e o risco de câncer1 de mama2 na pós-menopausa3 que não difere por status de ER, IMC5, ganho de peso ou uso de PMH. O menor risco foi associado a ≥ 7 horas/semana de caminhada. Isto pode ser muito útil em termos de saúde6 pública.
Fonte: Cancer1 Epidemiology, Biomarkers & Prevention, de 22 de outubro de 2013