FDA aprova Pomalyst para tratar o mieloma múltiplo
O Food and Drug Administration (EUA) aprovou o Pomalyst (pomalidomida) para o tratamento de pacientes com mieloma1 múltiplo, cuja doença progrediu mesmo após o tratamento com outros medicamentos contra o câncer2.
O mieloma1 múltiplo é um tipo de câncer2 do sangue3 que afeta principalmente os adultos mais velhos e surge a partir de células4 plasmáticas na medula óssea5. O Pomalyst é uma pílula que modula o sistema imune6 do corpo para destruir as células4 cancerosas e inibir o seu crescimento. Ele é destinado a pacientes que receberam pelo menos duas terapias anteriores, incluindo lenalidomida e bortezomibe, cuja doença não respondeu ao tratamento e progrediu no prazo de 60 dias do último tratamento (reincidente e refratário).
A aprovação do Pomalyst oferece uma opção de tratamento adicional para pacientes7 que não responderam a outras medicações.
A segurança e a eficácia do medicamento foram avaliadas em um estudo clínico de 221 pacientes com mieloma1 múltiplo reincidente ou refratário. O estudo foi desenhado para medir o número de pacientes cujo câncer2 desapareceu completamente ou parcialmente após o tratamento (taxa objetiva de resposta ou TOR). Os pacientes foram aleatoriamente designados para receber somente Pomalyst ou Pomalyst com baixa dose de dexametasona, um corticosteroide.
Os resultados mostraram que 7,4% dos pacientes tratados apenas com o Pomalyst alcançaram a TOR. A duração mediana da resposta ainda não foi alcançada nestes pacientes. Em doentes tratados com Pomalyst associado a baixas doses de dexametasona, 29,2% conseguiram alcançar a TOR com uma duração mediana de 7,4 meses de resposta.
Efeitos colaterais8 comuns incluem neutropenia9, fadiga10 e fraqueza, anemia11, constipação12, diarreia13, trombocitopenia14, infecções15 do trato respiratório, dor nas costas16 e febre17. O Pomalyst não deve ser usado em mulheres grávidas, pois pode causar graves alterações embrionárias e fetais e também pode provocar a formação de coágulos sanguíneos.