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American Heart Association lança orientação sobre estratégias de perda de peso para combater a hipertensão da obesidade

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Para lidar com a crescente epidemia de obesidade1, a American Heart Association (AHA) divulgou uma declaração científica delineando a base de conhecimento atual em torno de possíveis estratégias de prevenção e tratamento para o controle da hipertensão2 da obesidade1. A orientação foi publicada no periódico Hypertension.

Com dados sugerindo que mais de 100 milhões de pessoas nos Estados Unidos têm hipertensão2, a declaração científica descreve a necessidade de soluções eficazes e de longo prazo para a perda de peso para manter as reduções na hipertensão2, e também pede aos médicos que considerem outros caminhos além da modificação do estilo de vida para perda de peso, como medicamentos e cirurgia metabólica.

Leia sobre "Obesidade1", "Tratando a obesidade1" e "Hipertensão Arterial3".

“A perda de peso obtida por meio de mudanças na dieta e aumento da atividade física são os pilares do tratamento para a hipertensão2 que está relacionada ao excesso de peso. No entanto, esses comportamentos de estilo de vida geralmente não são sustentados por um longo prazo. Posteriormente, as reduções na pressão arterial4 não são mantidas ao longo do tempo”, disse o presidente do grupo de redação de declarações Michael E. Hall, MD, diretor associado da divisão de doenças cardiovasculares5 do Centro Médico da Universidade de Mississippi em Jackson, Mississippi, em comunicado da AHA. “A nova declaração científica sugere que estratégias médicas e cirúrgicas podem ajudar na melhora do peso e da pressão arterial4 a longo prazo, além de uma dieta saudável para o coração6 e atividade física.”

A hipertensão2 é um importante fator de risco7 para doenças cardiovasculares5 e renais nos Estados Unidos e em todo o mundo. A obesidade1 é responsável por grande parte do risco de hipertensão2 primária por meio de vários mecanismos, incluindo ativação neuro-hormonal, inflamação8 e disfunção renal9.

Como a prevalência10 da obesidade1 continua a aumentar, a hipertensão2 e as doenças cardiorrenais associadas também aumentarão, a menos que estratégias mais eficazes para prevenir e tratar a obesidade1 sejam desenvolvidas.

A modificação do estilo de vida, incluindo dieta, sedentarismo11 reduzido e aumento da atividade física, geralmente é recomendada para pacientes12 com obesidade1; no entanto, o sucesso a longo prazo dessas estratégias para reduzir a adiposidade, manter a perda de peso e reduzir a pressão arterial4 tem sido limitado.

Estratégias farmacoterapêuticas e processuais eficazes, incluindo cirurgias metabólicas, são opções adicionais para tratar a obesidade1 e prevenir ou atenuar a hipertensão2 da obesidade1, danos a órgãos-alvo e doenças subsequentes.

Os medicamentos podem ser úteis para o tratamento da obesidade1 em curto e longo prazo; entretanto, a prescrição desses medicamentos é limitada.

A cirurgia metabólica é eficaz para produzir perda de peso sustentada e para tratar hipertensão2 e distúrbios metabólicos em muitos pacientes com obesidade1 grave.

Perguntas permanecem não respondidas relacionadas aos mecanismos de doenças relacionadas à obesidade1, eficácia em longo prazo de diferentes estratégias de tratamento e prevenção e tempo dessas intervenções para prevenir obesidade1 e danos a órgãos-alvo mediados por hipertensão2.

Uma investigação mais aprofundada, incluindo ensaios clínicos13 randomizados, é essencial para abordar essas questões, e a ênfase deve ser colocada na prevenção da obesidade1 para reduzir a carga de doenças cardiovasculares5 e renais hipertensivas e a mortalidade14 subsequente.

» Leia a declaração científica completa

Veja também sobre "O perigo dos remédios para emagrecer", "Cirurgia bariátrica15" e "Sintomas16 da hipertensão arterial3".

 

Fontes:
Hypertension, publicação em 20 de setembro de 2021.
Practical Cardiology, notícia publicada em 23 de setembro de 2021.

 

NEWS.MED.BR, 2021. American Heart Association lança orientação sobre estratégias de perda de peso para combater a hipertensão da obesidade. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/saude/1403455/american-heart-association-lanca-orientacao-sobre-estrategias-de-perda-de-peso-para-combater-a-hipertensao-da-obesidade.htm>. Acesso em: 23 abr. 2024.

Complementos

1 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
2 Hipertensão: Condição presente quando o sangue flui através dos vasos com força maior que a normal. Também chamada de pressão alta. Hipertensão pode causar esforço cardíaco, dano aos vasos sangüíneos e aumento do risco de um ataque cardíaco, derrame ou acidente vascular cerebral, além de problemas renais e morte.
3 Hipertensão arterial: Aumento dos valores de pressão arterial acima dos valores considerados normais, que no adulto são de 140 milímetros de mercúrio de pressão sistólica e 85 milímetros de pressão diastólica.
4 Pressão arterial: A relação que define a pressão arterial é o produto do fluxo sanguíneo pela resistência. Considerando-se a circulação como um todo, o fluxo total é denominado débito cardíaco, enquanto a resistência é denominada de resistência vascular periférica total.
5 Doenças cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares).
6 Coração: Órgão muscular, oco, que mantém a circulação sangüínea.
7 Fator de risco: Qualquer coisa que aumente a chance de uma pessoa desenvolver uma doença.
8 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
9 Renal: Relacionado aos rins. Uma doença renal é uma doença dos rins. Insuficiência renal significa que os rins pararam de funcionar.
10 Prevalência: Número de pessoas em determinado grupo ou população que são portadores de uma doença. Número de casos novos e antigos desta doença.
11 Sedentarismo: Qualidade de quem ou do que é sedentário, ou de quem tem vida e/ou hábitos sedentários. Sedentário é aquele que se exercita pouco, que não se movimenta muito.
12 Para pacientes: Você pode utilizar este texto livremente com seus pacientes, inclusive alterando-o, de acordo com a sua prática e experiência. Conheça todos os materiais Para Pacientes disponíveis para auxiliar, educar e esclarecer seus pacientes, colaborando para a melhoria da relação médico-paciente, reunidos no canal Para Pacientes . As informações contidas neste texto são baseadas em uma compilação feita pela equipe médica da Centralx. Você deve checar e confirmar as informações e divulgá-las para seus pacientes de acordo com seus conhecimentos médicos.
13 Ensaios clínicos: Há três fases diferentes em um ensaio clínico. A Fase 1 é o primeiro teste de um tratamento em seres humanos para determinar se ele é seguro. A Fase 2 concentra-se em saber se um tratamento é eficaz. E a Fase 3 é o teste final antes da aprovação para determinar se o tratamento tem vantagens sobre os tratamentos padrões disponíveis.
14 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
15 Cirurgia Bariátrica:
16 Sintomas: Alterações da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu metabolismo, de suas sensações, podendo ou não ser um indício de doença. Os sintomas são as queixas relatadas pelo paciente mas que só ele consegue perceber. Sintomas são subjetivos, sujeitos à interpretação pessoal. A variabilidade descritiva dos sintomas varia em função da cultura do indivíduo, assim como da valorização que cada pessoa dá às suas próprias percepções.
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