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Uso de paroxetina durante a gravidez apresenta maior risco de malformações congênitas do que outros antidepressivos

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O Food and Drug Administration (FDA) e a Glaxo Smithkline (GSK

A GSK recentemente conduziu um estudo epidemiológico retrospectivo1 sobre malformações2 congênitas3 em filhos de mulheres que utilizaram antidepressivos durante o 1º semestre de gravidez4. Resultados preliminares sugerem possível aumento no risco de anomalias congênitas3 associadas com o uso de paroxetina, ainda que discreto. O tipo de anomalia observada foi compatível com as anomalias observadas na população em geral (principalmente em nível cardiovascular).Os resultados preliminares deste estudo diferem de estudos epidemiológicos prévios, dificultando uma conclusão sobre uma possível relação casual. Por exemplo, dados do Swedish Medical Birth Registry, um dos maiores registros de nascimento disponíveis, não evidenciaram maior risco de malformações2 em 708 mulheres expostas à paroxetina no início da gravidez4 (Hallberg, 2005; Ericson, 1999).

Profissionais de saúde5 são aconselhados a avaliar cuidadosamente os riscos e benefícios potenciais da terapia com paroxetina em grávidas. Recomenda-se que esses dados, assim como tratamentos alternativos, sejam discutidos com as pacientes. De maneira geral, é recomendável evitar o uso de antidepressivos ISRS durante a gravidez4 - inclusive a paroxetina. Esta somente deve ser usada durante a gravidez4 se os benefícios potenciais justificarem os riscos ao feto6. A GSK disponibiliza os resultados desse estudo sobre a paroxetina em seu Clinical Trial Register (no endereço http://ctr.gsk.co.uk/welcome.asp). Esta informação consta da nova bula em processo de implementação e que já foi encaminhada à ANVISA.

Fonte: FDA Food and Drug Administration

NEWS.MED.BR, 2005. Uso de paroxetina durante a gravidez apresenta maior risco de malformações congênitas do que outros antidepressivos. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/pharma-news/928/uso-de-paroxetina-durante-a-gravidez-apresenta-maior-risco-de-malformacoes-congenitas-do-que-outros-antidepressivos.htm>. Acesso em: 29 mar. 2024.

Complementos

1 Retrospectivo: Relativo a fatos passados, que se volta para o passado.
2 Malformações: 1. Defeito na forma ou na formação; anomalia, aberração, deformação. 2. Em patologia, é vício de conformação de uma parte do corpo, de origem congênita ou hereditária, geralmente curável por cirurgia. Ela é diferente da deformação (que é adquirida) e da monstruosidade (que é incurável).
3 Congênitas: 1. Em biologia, o que é característico do indivíduo desde o nascimento ou antes do nascimento; conato. 2. Que se manifesta espontaneamente; inato, natural, infuso. 3. Que combina bem com; apropriado, adequado. 4. Em termos jurídicos, é o que foi adquirido durante a vida fetal ou embrionária; nascido com o indivíduo. Por exemplo, um defeito congênito.
4 Gravidez: Condição de ter um embrião ou feto em desenvolvimento no trato reprodutivo feminino após a união de ovo e espermatozóide.
5 Saúde: 1. Estado de equilíbrio dinâmico entre o organismo e o seu ambiente, o qual mantém as características estruturais e funcionais do organismo dentro dos limites normais para sua forma de vida e para a sua fase do ciclo vital. 2. Estado de boa disposição física e psíquica; bem-estar. 3. Brinde, saudação que se faz bebendo à saúde de alguém. 4. Força física; robustez, vigor, energia.
6 Feto: Filhote por nascer de um mamífero vivíparo no período pós-embrionário, depois que as principais estruturas foram delineadas. Em humanos, do filhote por nascer vai do final da oitava semana após a CONCEPÇÃO até o NASCIMENTO, diferente do EMBRIÃO DE MAMÍFERO prematuro.
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