FDA: uso crônico de metoclopramida pode causar discinesia tardia
O Food and Drug Administration (FDA) alerta sobre o uso crônico1 de metoclopramida e sua associação com o desenvolvimento de discinesia tardia2, uma síndrome3 caracterizada por movimentos corporais involuntários e repetitivos principalmente na musculatura oro-língua4-facial, ocorrendo protusão da língua4 com movimentos de varredura látero-lateral, acompanhados de movimentos sincrônicos da mandíbula5. O tronco, os ombros e os membros também podem apresentar movimentos discinéticos. Estes sintomas6 são raramente reversíveis e não há tratamento conhecido para esta patologia7. Entretanto, em alguns pacientes, os sintomas6 podem se resolver após a suspensão do tratamento com metoclopramida.
A metoclopramida está presente em vários medicamentos em forma de comprimidos, solução oral, gotas e soluções injetáveis. Os pacientes com maior risco incluem idosos, especialmente mulheres idosas, e pessoas que estão usando a medicação por muito tempo.
Pacientes e médicos devem conhecer estes riscos para tomarem decisões informadas sobre o uso desta medicação. O uso crônico1 de metoclopramida deve ser evitado em todos os casos, mas existem casos raros em que os benefícios superam os riscos. Estes casos devem ser rigorosamente avaliados.
Este medicamento acelera os movimentos dos músculos8 do estômago9, aumentando a velocidade de esvaziamento gástrico. Está indicado para o tratamento de distúrbios da motilidade gastrointestinal, náuseas10 e vômitos11 e no tratamento da gastroparesia12 diabética (esvaziamento lento do estômago9 para o intestino). Na doença do refluxo gastroesofágico13 é usado em pacientes que não responderam a outros tratamentos. É recomendável que o tempo de uso não exceda três meses.
Fonte: Food and Drug Administration