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Pesquisador brasileiro descobre método rápido, barato e eficaz para identificar o Rotavírus

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O pesquisador Waldemir de Castro Silveira descobriu um método rápido, barato e eficaz para identificar o rotavírus, responsável pela morte de milhares de crianças em todo o mundo a cada ano. O método, apresentado em uma dissertação de mestrado no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), no Rio de Janeiro, deverá chegar ao mercado ainda no primeiro semestre de 2007.

O rotavírus é um dos agentes etiológicos da doença diarréica aguda. O teste imunoquímico consiste na aplicação de um reagente específico, composto de microesferas de poliestireno conjugadas a um anticorpo1 anti-rotavírus, em uma lâmina com amostra das fezes do paciente. Forma-se um aglomerado branco e leitoso. Se houver rotavírus, o material muda de aparência e fica com aspecto de grãos de areia. Com esta reação, é conferido o resultado positivo ao diagnóstico2 da doença.

Os resultados do novo método poderão ser obtidos em apenas três minutos. A inovação está na utilização de microesferas de poliestireno e do anticorpo1 anti-rotavírus fabricados no Brasil, o que confere baixo custo e rapidez ao diagnóstico2. Quando começar a ser produzido em escala industrial, o teste custará R$0,60. Atualmente, Os testes disponíveis no mercado custam, em média, R$6,00.

No Brasil, a estimativa é que ocorram cerca de 850 óbitos a cada ano e mais de 300 mil internações no SUS de crianças menores de cinco anos. A dissertação, entitulada "Desenvolvimento de teste diagnóstico2 rápido para detecção de rotavírus", ganhou o Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o Sistema Único de Saúde3 (SUS), edição 2006, na categoria Mestrado.

A viabilidade da produção em escala industrial do teste desenvolvido foi avaliada e a produção terá início no primeiro semestre deste ano, pela empresa nacional Biodevices. A proposta inicial é fabricar kits para testes em campo, dispensando a utilização de equipamentos ou instalações de laboratório. Atualmente, mais de 30 testes estrangeiros estão liberados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para venda no Brasil. Muitos não levam em consideração o genótipo4 do vírus5 circulante no país. O novo método foi desenvolvido levando em consideração uma série de estudos comparativos na Fiocruz para trabalhar exclusivamente com os vírus5 que circulam entre as crianças brasileiras.

Fonte: Agência FAPESP

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