Apnéia obstrutiva do sono: exercícios orofaríngeos podem reduzir a severidade e os sintomas desta síndrome, segundo artigo do American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine
Exercícios envolvendo a língua1, o palato2 mole e a faringe3 podem reduzir significativamente a severidade e os sintomas4 da síndrome da apnéia obstrutiva do sono5 (SAOS) e representam uma alternativa promissora no tratamento desta patologia6, segundo artigo publicado no American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine.
O objetivo da pesquisa foi medir o impacto de exercícios orofaríngeos em pacientes com a síndrome da apnéia obstrutiva do sono5 (SAOS) moderada. O estudo randomizado7 contou com a participação de 31 pacientes com esta doença. Eles participaram de uma terapia com 30 minutos diários de exercícios, durante 3 meses. Quinze participantes do grupo controle faziam exercícios que simulavam benefícios e outros 16 pacientes realizavam exercícios orofaríngeos envolvendo a língua1, o palato2 mole e a faringe3.
Foram avaliadas as medidas antropométricas, a frequência e a intensidade do ressonar. Os participantes responderam questionários sobre duração de sono diurno e qualidade do sono, sendo submetidos à polissonografia8. Todos os parâmetros foram avaliados ao início e término do estudo.
O índice de massa corporal9 (IMC10) e a circunferência abdominal não se alteraram significativamente durante o período avaliado. Nenhuma mudança significativa ocorreu no grupo controle em todas as variáveis estudadas, em contraste com os pacientes recebendo exercícios orofaríngeos que reduziram significativamente a circunferência do pescoço11 (sugerindo que os exercícios remodelam as vias aéreas superiores), a frequência e a intensidade do ressonar e a severidade da síndrome12 (índice de apneia-hipopneia13, 22,4 mais ou menos 4,8 versus 13,7, mais ou menos 8,5 eventos/hora), apresentando melhorias no escore da qualidade do sono.
Os exercícios orofaríngeos reduzem significativamente a severidade e os sintomas4 da SAOS e representam uma alternativa promissora no tratamento da SAOS moderada, concluíram Geraldo Lorenzi-Filho e seus colaboradores no estudo.
Fonte: American Journal of Respiratory and Critical Care Medicine de 15 de maio de 2009