Prurido ou coceira no paciente idoso: artigo de revisão publicado pelo JAMA
Uma revisão clínica, publicada pelo The Journal of the American Medical Association (JAMA) mostra que o prurido1 é um problema comum entre os idosos e, quando severo, provoca tanto desconforto como dor crônica. Poucas evidências científicas existem sobre o tratamento do prurido1, limitando as possibilidades terapêuticas e resultando em problemas desafiadores de manejo deste sintoma2.
Com o objetivo de apresentar evidências sobre a etiologia3, o diagnóstico4 e o tratamento do prurido1 em idosos, usando a melhor evidência disponível para fornecer uma abordagem para os médicos generalistas que cuidam de pacientes idosos com prurido1, foi realizado um estudo de revisão sobre o tema.
As bases de dados PubMed e EMBASE foram pesquisadas (de 1946 a agosto de 2013). A Cochrane Database of Systematic Reviews e a Agency for Healthcare Research and Quality Systematic Review Data Repository também foram pesquisadas a partir de sua criação até agosto de 2013. Foram avaliados artigos de referência recuperados.
As observações realizadas mostram que mais de 50% dos idosos têm xerose (pele5 seca). O tratamento da xerose deve ser incluído na terapia inicial do prurido1 em todos os pacientes idosos. Os bloqueadores dos canais de cálcio e a hidroclorotiazida são importantes causas de erupções cutâneas6 pruriginosas7 em pacientes mais velhos. O prurido1 neuropático é considerado raro, mas pode causar coceira localizada (especialmente na área genital) e prurido1 generalizado no tronco (principalmente em pacientes com diabetes mellitus8). Certas condições de pele5 são mais comuns em pacientes idosos, incluindo escabiose9 (ou sarna10), penfigoide bolhoso, dermatose11 acantolítica transitória e micose12 fungoide, devendo ser consideradas em pacientes idosos com prurido1.
As conclusões evidenciam que é importante avaliar os idosos para etiologias dermatológicas, sistêmicas e neurológicas da coceira. Um algoritmo de diagnóstico4 e de terapêutica13 simples de aplicar pode ser usado. Xerose, reações a medicamentos e neuropatia14 devem ser considerados quando o prurido1 tiver que ser avaliado nesses pacientes.