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Leguminosas em dieta de baixo índice glicêmico melhoram controle glicêmico e reduzem risco de doenças coronarianas em diabéticos tipo 2, segundo artigo do Archives of Internal Medicine

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Estudo randomizado1 avalia efeito de leguminosas como parte de uma dieta de baixo índice glicêmico no controle da glicemia2 e de fatores de risco cardiovasculares em pacientes com diabetes mellitus3 tipo 2.

Jenkins e coautores, da Universidade de Toronto, no Canadá, realizaram um estudo sobre alimentos com baixo índice glicêmico no diabetes mellitus3 tipo 2, tendo como foco as leguminosas ou uma dieta com alto teor de fibras. A pesquisa controlada por placebo4 foi publicada pelo Archives of Internal Medicine.

Leguminosas incluindo feijão, grão de bico e lentilha estão entre os alimentos de menor índice glicêmico (IG) e têm sido recomendados nas Diretrizes sobre Diabetes Mellitus3 (DM). No entanto, elas ainda não foram utilizadas especificamente para reduzir o índice glicêmico da dieta.

Um total de 121 participantes com diabetes mellitus3 (DM) tipo 2 foram randomizados para uma dieta rica em leguminosas de baixo IG, encorajando os participantes a aumentar a ingestão de leguminosas em pelo menos um copo por dia ou a aumentar a ingestão de fibra insolúvel pelo consumo de produtos com trigo integral por 3 meses. O desfecho primário foi a alteração nos valores da hemoglobina5 A1c6 (HbA1c7) calculando-se secundariamente o escore de risco de doenças cardíacas coronarianas (CHD).

Os resultados da dieta rica em leguminosas de baixo IG reduziu os valores de HbA1c7 em 0,5% e os da dieta rica em fibras de trigo reduziu os valores de HbA1c7 em 0,3%. A redução relativa nos valores de HbA1c7 após a dieta leguminosa de baixo IG foi maior do que após a dieta rica em fibra de trigo. A redução do risco de doença coronariana8 com a dieta de leguminosas de baixo IG foi de 0,8%, em grande parte devido a uma maior redução relativa da pressão arterial sistólica9, em comparação com a dieta rica em fibra de trigo.

A incorporação de leguminosas como parte de uma dieta de baixo IG melhorou tanto o controle glicêmico, quanto reduziu o risco calculado de doenças coronarianas em pacientes com diabetes mellitus3 tipo 2.

Fonte: Archives of Internal Medicine, publicação online, de outubro de 2012

 

NEWS.MED.BR, 2012. Leguminosas em dieta de baixo índice glicêmico melhoram controle glicêmico e reduzem risco de doenças coronarianas em diabéticos tipo 2, segundo artigo do Archives of Internal Medicine. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/323940/leguminosas-em-dieta-de-baixo-indice-glicemico-melhoram-controle-glicemico-e-reduzem-risco-de-doencas-coronarianas-em-diabeticos-tipo-2-segundo-artigo-do-archives-of-internal-medicine.htm>. Acesso em: 28 mar. 2024.

Complementos

1 Estudo randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle - o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
2 Glicemia: Valor de concentração da glicose do sangue. Seus valores normais oscilam entre 70 e 110 miligramas por decilitro de sangue (mg/dl).
3 Diabetes mellitus: Distúrbio metabólico originado da incapacidade das células de incorporar glicose. De forma secundária, podem estar afetados o metabolismo de gorduras e proteínas.Este distúrbio é produzido por um déficit absoluto ou relativo de insulina. Suas principais características são aumento da glicose sangüínea (glicemia), poliúria, polidipsia (aumento da ingestão de líquidos) e polifagia (aumento da fome).
4 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
5 Hemoglobina: Proteína encarregada de transportar o oxigênio desde os pulmões até os tecidos do corpo. Encontra-se em altas concentrações nos glóbulos vermelhos.
6 A1C: O exame da Hemoglobina Glicada (A1C) ou Hemoglobina Glicosilada é um teste laboratorial de grande importância na avaliação do controle do diabetes. Ele mostra o comportamento da glicemia em um período anterior ao teste de 60 a 90 dias, possibilitando verificar se o controle glicêmico foi efetivo neste período. Isso ocorre porque durante os últimos 90 dias a hemoglobina vai incorporando glicose em função da concentração que existe no sangue. Caso as taxas de glicose apresentem níveis elevados no período, haverá um aumento da hemoglobina glicada. O valor de A1C mantido abaixo de 7% promove proteção contra o surgimento e a progressão das complicações microvasculares do diabetes (retinopatia, nefropatia e neuropatia).
7 HbA1C: Hemoglobina glicada, hemoglobina glicosilada, glico-hemoglobina ou HbA1C e, mais recentemente, apenas como A1C é uma ferramenta de diagnóstico na avaliação do controle glicêmico em pacientes diabéticos. Atualmente, a manutenção do nível de A1C abaixo de 7% é considerada um dos principais objetivos do controle glicêmico de pacientes diabéticos. Algumas sociedades médicas adotam metas terapêuticas mais rígidas de 6,5% para os valores de A1C.
8 Doença coronariana: Doença do coração causada por estreitamento das artérias que fornecem sangue ao coração. Se o fluxo é cortado, o resultado é um ataque cardíaco.
9 Pressão arterial sistólica: É a pressão mais elevada (pico) verificada nas artérias durante a fase de sístole do ciclo cardíaco, é também chamada de pressão máxima.
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Complementos

25/10/2012 - Complemento feito por josé
Re: Leguminosas em dieta de baixo índice glicêmico melhoram controle glicêmico e reduzem risco de doenças coronarianas em diabéticos tipo 2, segundo artigo do Archives of Internal Medicine
faço uso a alguns anos de: soja, lentilha, grão de bico, tremoço,
feijão,linhaça, quinua,amendoim, gergelim, aveia, verduras em geral e
alguns frutos. antes minha glicemia girava em torno de 150, depois
dessa mudança alimentar minha glicemia não mais ultrapassou aos
95.portanto posso comprovar que sem sombra de dúvidas esses alimentos
diminuem em muito a glicemia e me deu uma vida de jovem novamente,
sendo que atualmente tenho 68 anos. isso é tudo.

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