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Vacina contra HPV: eficácia e segurança comprovadas em estudo publicado no The Lancet

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Eficácia, imunogenicidade e segurança da vacina1 contra o HPV foram comprovadas em estudo randomizado2, controlado com placebo3, ao longo de mais de seis anos de seguimento e publicado no periódico The Lancet.

A vacina1 para profilaxia do HPV comprovou proteção sustentada. Foram estudadas a eficácia, a imunogenicidade e a segurança da vacina1 em estudo controlado, randomizado4 e duplo-cego envolvendo mulheres de 15 a 25 anos, com citologia cervical normal, soronegativas para HPV sorotipos 16 e 18 e que tinham exame oncogênico de DNA de HPV negativo para 14 sorotipos do vírus5. Dos 1113 participantes, 560 receberam a vacina1 e 553 fizeram parte do grupo controle. As amostras cervicais foram testadas a cada 6 meses para DNA de HPV. O manejo de citologias anormais foi previamente especificado e os títulos de anticorpos6 de HPV 16 e 18 foram avaliados.

Os resultados mostram que a eficácia da vacina1 contra novas infecções7 pelo HPV 16 e 18 foi de 95,3%. A eficácia da vacina1 contra neoplasia8 intraepitelial grau 2 ou acima foi de 100% para lesões9 associadas ao HPV 16 e 18, e de 71,9% para lesões9 independentes do HPV.

Os achados mostram uma eficácia excelente da vacina1 a longo prazo, imunogenicidade alta e sustentada, além de segurança favorável para HPV 16 e 18 ao longo de mais de 6 anos de seguimento.

Fonte consultada:

The Lancet

NEWS.MED.BR, 2009. Vacina contra HPV: eficácia e segurança comprovadas em estudo publicado no The Lancet. Disponível em: <https://www.news.med.br/p/medical-journal/52678/vacina-contra-hpv-eficacia-e-seguranca-comprovadas-em-estudo-publicado-no-the-lancet.htm>. Acesso em: 18 abr. 2024.

Complementos

1 Vacina: Tratamento à base de bactérias, vírus vivos atenuados ou seus produtos celulares, que têm o objetivo de produzir uma imunização ativa no organismo para uma determinada infecção.
2 Estudo randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle - o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
3 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
4 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
5 Vírus: Pequeno microorganismo capaz de infectar uma célula de um organismo superior e replicar-se utilizando os elementos celulares do hospedeiro. São capazes de causar múltiplas doenças, desde um resfriado comum até a AIDS.
6 Anticorpos: Proteínas produzidas pelo organismo para se proteger de substâncias estranhas como bactérias ou vírus. As pessoas que têm diabetes tipo 1 produzem anticorpos que destroem as células beta produtoras de insulina do próprio organismo.
7 Infecções: Doença produzida pela invasão de um germe (bactéria, vírus, fungo, etc.) em um organismo superior. Como conseqüência da mesma podem ser produzidas alterações na estrutura ou funcionamento dos tecidos comprometidos, ocasionando febre, queda do estado geral, e inúmeros sintomas que dependem do tipo de germe e da reação imunológica perante o mesmo.
8 Neoplasia: Termo que denomina um conjunto de doenças caracterizadas pelo crescimento anormal e em certas situações pela invasão de órgãos à distância (metástases). As neoplasias mais frequentes são as de mama, cólon, pele e pulmões.
9 Lesões: 1. Ato ou efeito de lesar (-se). 2. Em medicina, ferimento ou traumatismo. 3. Em patologia, qualquer alteração patológica ou traumática de um tecido, especialmente quando acarreta perda de função de uma parte do corpo. Ou também, um dos pontos de manifestação de uma doença sistêmica. 4. Em termos jurídicos, prejuízo sofrido por uma das partes contratantes que dá mais do que recebe, em virtude de erros de apreciação ou devido a elementos circunstanciais. Ou também, em direito penal, ofensa, dano à integridade física de alguém.
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