Anvisa aprova Exjade, único medicamento oral de administração uma vez ao dia capaz de eliminar o acúmulo de ferro do organismo em pacientes que recebem transfusões sangüíneas constantes
O Exjade® (deferasirox), recentemente aprovado pela Anvisa, é o primeiro e único medicamento oral de administração uma vez ao dia capaz de eliminar o acúmulo de ferro do organismo em pacientes que recebem transfusões sangüíneas constantes, por exemplo os portadores de talassemia1, anemia falciforme2 e síndromes mielodisplásicas.
O tratamento atual da sobrecarga de ferro consiste em infusões subcutâneas de Desferal, administrado por meio de um aparelho acoplado ao corpo do paciente, cerca de 8 a 12 horas, de cinco a sete vezes por semana. De acordo com especialistas, esta é uma das dificuldades para a adesão do paciente ao tratamento. O Exjade, da Novartis, representa uma revolução no tratamento da sobrecarga de ferro uma vez que é um comprimido dissolvido em água, suco de laranja ou suco de maçã.
Estima-se que a chegada de um tratamento em forma de comprimido aumentará o acesso ao tratamento, com a redução dos custos - descartando o uso de bombinha injetora e seringas.
A maioria dos portadores dessas doenças sangüíneas são crianças que só chegam à fase adulta quando devidamente tratadas. O tratamento disponível até hoje tem um grande impacto emocional tanto para pacientes3 quanto para cuidadores.
Calcula-se que, no mundo todo, 15 milhões de pessoas tenham talassemia1, 200 milhões tenham o gene da enfermidade, 250 mil crianças nasçam com anemia falciforme2 e que 500 novos casos de anemia aplásica4 surjam anualmente somente nos EUA.
Os pacientes com anemias crônicas necessitam de constantes transfusões de sangue5, pois o organismo não consegue produzir quantidades suficientes de hemoglobina6, um importante componente do sangue5, que transporta o oxigênio para as células7. Como o ferro liga-se à hemoglobina6, em cada transfusão8 de sangue5 o paciente também recebe ferro.
Conseqüentemente, as inúmeras transfusões acarretam um acúmulo do elemento no organismo. Quando esse nível fica alto demais, pode tornar-se tóxico. Esse quadro oferece risco à vida do paciente. Quando não é diagnosticado ou tratado, o excesso de ferro no organismo pode causar danos ao fígado9, coração10 e glândulas endócrinas11, podendo levar o paciente à morte.
Fonte: Diário Oficial da União (pdf)
Novartis