Disfunção diastólica é mais comum em pacientes com artrite reumatoide: meta-análise publicada pelo Arthritis Care & Research
Para determinar se a prevalência1 da disfunção diastólica é aumentada nos pacientes com artrite reumatoide2 (AR) foi realizada uma revisão sistemática da literatura, com pesquisa bibliográfica para identificar os estudos realizados para comparar os parâmetros ecocardiográficos em pacientes com AR e controles. O estudo foi publicado pelo periódico Arthritis Care & Research.
Um total de 25 estudos com 5.836 indivíduos (1.614 com artrite reumatoide2) foi incluído. Os resultados refletem valores que mostram que os pacientes com AR apresentaram as maiores médias de dimensão do átrio esquerdo3 (diferença média de 0,09 centímetros, com P=0,02), maior índice de massa do ventrículo esquerdo (diferença média de 6,2 g/m², P=0,02), maior média da pressão sistólica4 da artéria pulmonar5 (diferença média de 5,87 mmHg, P<0,00001), tempo de relaxamento isovolumétrico prolongado (diferença média de 9,67 ms, P<0,00001) e maior velocidade da onda A transmitral (diferença média de 0,13 metros/segundo, P<0,00001) em relação aos controles. Uma subanálise de 2.183 indivíduos, excluindo dois grandes estudos incomparáveis, mostraram os mesmos resultados, com a ressalva de que os pacientes com AR tiveram uma alteração sugestiva de disfunção diastólica. Não houve diferença na fração de ejeção do ventrículo esquerdo (%), velocidade de onda E transmitral (metros/segundo) e tempo de desaceleração mitral (ms).
No presente estudo, os pacientes com artrite reumatoide2 eram mais propensos a ter parâmetros ecocardiográficos de disfunção diastólica e sistólica, com maiores pressões pulmonares e maiores tamanhos de átrio esquerdo3. Com isso, eles podem aumentar ainda mais o risco já elevado de insuficiência cardíaca congestiva6.
Fonte: Arthritis Care & Research, Volume 65, de abril de 2013