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Nanopartículas liberadoras de medicamentos podem ajudar a tratar a osteoartrite1. Em camundongos com sinais2 da doença, uma única injeção3 das partículas aliviou a dor durante meses, de acordo com estudo publicado na revista Science Advances. O medicamento chamado pazopanibe é conhecido por proporcionar um alívio breve da dor da artrite4. Na nova pesquisa, foi sugerido que encapsulá-lo em nanopartículas poderia fazer com que seus efeitos durassem muito mais tempo. Os resultados demonstraram que a inibição baseada em nanopartículas dos receptores do fator de crescimento endotelial vascular5 alivia a dor da osteoartrite1 e os danos à cartilagem6.
1 Osteoartrite: Termo geral que se emprega para referir-se ao processo degenerativo da cartilagem articular, manifestado por dor ao movimento, derrame articular, etc. Também denominado artrose.
2 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
3 Injeção: Infiltração de medicação ou nutrientes líquidos no corpo através de uma agulha e seringa.
4 Artrite: Inflamação de uma articulação, caracterizada por dor, aumento da temperatura, dificuldade de movimentação, inchaço e vermelhidão da área afetada.
5 Vascular: Relativo aos vasos sanguíneos do organismo.
6 Cartilagem: Tecido resistente e flexível, de cor branca ou cinzenta, formado de grandes células inclusas em substância que apresenta tendência à calcificação e à ossificação.
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A entrega de medicamentos aos pulmões1 através de nanopartículas inaláveis pode ajudar a tratar a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Em camundongos com sinais2 da doença, as nanopartículas projetadas para liberar antibióticos nas profundezas dos pulmões1 reduziram a inflamação3 e melhoraram a função pulmonar, de acordo com um estudo publicado na Science Advances. Em média, os camundongos tratados com as nanopartículas tinham cerca de 98% menos bactérias patogênicas dentro dos pulmões1 do que aqueles que receberam apenas antibiótico.
1 Pulmões: Órgãos do sistema respiratório situados na cavidade torácica e responsáveis pelas trocas gasosas entre o ambiente e o sangue. São em número de dois, possuem forma piramidal, têm consistência esponjosa e medem cerca de 25 cm de comprimento. Os pulmões humanos são divididos em segmentos denominados lobos. O pulmão esquerdo possui dois lobos e o direito possui três. Os pulmões são compostos de brônquios que se dividem em bronquíolos e alvéolos pulmonares. Nos alvéolos se dão as trocas gasosas ou hematose pulmonar entre o meio ambiente e o corpo, com a entrada de oxigênio na hemoglobina do sangue (formando a oxiemoglobina) e saída do gás carbônico ou dióxido de carbono (que vem da célula como carboemoglobina) dos capilares para o alvéolo.
2 Sinais: São alterações percebidas ou medidas por outra pessoa, geralmente um profissional de saúde, sem o relato ou comunicação do paciente. Por exemplo, uma ferida.
3 Inflamação: Conjunto de processos que se desenvolvem em um tecido em resposta a uma agressão externa. Incluem fenômenos vasculares como vasodilatação, edema, desencadeamento da resposta imunológica, ativação do sistema de coagulação, etc.Quando se produz em um tecido superficial (pele, tecido celular subcutâneo) pode apresentar tumefação, aumento da temperatura local, coloração avermelhada e dor (tétrade de Celso, o cientista que primeiro descreveu as características clínicas da inflamação).
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Um estudo de células1 humanas revela que fumar pode influenciar certas respostas imunológicas na mesma medida que a idade ou a genética. De acordo com as descobertas, publicadas na revista Nature, fumar pode alterar o sistema imunológico2 de maneiras que persistem por muito tempo após abandonar o hábito. Fumar influencia tanto as respostas imunes inatas quanto as adaptativas. Notavelmente, o seu efeito nas respostas inatas é rapidamente perdido após a cessação do tabagismo, enquanto o seu efeito nas respostas adaptativas persiste muito depois de os indivíduos pararem de fumar e está associado à memória epigenética.
1 Células: Unidades (ou subunidades) funcionais e estruturais fundamentais dos organismos vivos. São compostas de CITOPLASMA (com várias ORGANELAS) e limitadas por uma MEMBRANA CELULAR.
2 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
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Pacientes com melanoma1 cutâneo2 primário clinicamente localizado que fumavam cigarros no momento do diagnóstico3 tiveram um risco aumentado de mortalidade4 associada ao melanoma1, mostrou um estudo de coorte5 publicado no JAMA Network Open. Numa análise post hoc de dados derivados de dois ensaios randomizados envolvendo mais de 6.000 pacientes, o tabagismo atual foi associado a um risco 48% maior de morte associada ao melanoma1 em comparação com nunca fumar. Notavelmente, o ex-tabagismo não mostrou associação. Além disso, um hábito de fumar mais pesado foi associado a piores resultados. Pacientes que fumavam 20 ou mais cigarros por dia tiveram um risco 63% maior de morte associada ao melanoma1 em comparação com não fumantes.
1 Melanoma: Neoplasia maligna que deriva dos melanócitos (as células responsáveis pela produção do principal pigmento cutâneo). Mais freqüente em pessoas de pele clara e exposta ao sol.Podem derivar de manchas prévias que mudam de cor ou sangram por traumatismos mínimos, ou instalar-se em pele previamente sã.
2 Cutâneo: Que diz respeito à pele, à cútis.
3 Diagnóstico: Determinação de uma doença a partir dos seus sinais e sintomas.
4 Mortalidade: A taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região, em um determinado período de tempo.
5 Estudo de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
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Nove em dez pessoas com uma doença genética rara que causa reações inflamatórias potencialmente fatais, chamada angioedema1 hereditário, parecem ter sido curadas, após participarem no primeiro ensaio de uma nova versão de uma terapia genética baseada em CRISPR. O estudo foi publicado no The New England Journal of Medicine. Dez pessoas que receberam o tratamento genético único, administrado diretamente no corpo, viram o número de “ataques de inchaço” cair 95% nos primeiros seis meses, à medida que a terapia fazia efeito. Desde então, todos, exceto um, não tiveram mais episódios durante, pelo menos, mais um ano.
1 Angioedema: Caracteriza-se por áreas circunscritas de edema indolor e não-pruriginoso decorrente de aumento da permeabilidade vascular. Os locais mais acometidos são a cabeça e o pescoço, incluindo os lábios, assoalho da boca, língua e laringe, mas o edema pode acometer qualquer parte do corpo. Nos casos mais avançados, o angioedema pode causar obstrução das vias aéreas. A complicação mais grave é o inchaço na garganta (edema de glote).
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As mulheres têm muito mais probabilidade do que os homens de ter o seu sistema imunológico1 voltado contra elas, resultando numa série de doenças chamadas autoimunes2, como o lúpus3 e a esclerose múltipla4. Um estudo publicado na revista Cell oferece uma explicação enraizada no cromossomo5 X. A pesquisa sugere que um conjunto especial de moléculas, chamadas Xist, que atuam no cromossomo5 X extra transportado pelas mulheres, pode por vezes confundir o sistema imunológico1.
1 Sistema imunológico: Sistema de defesa do organismo contra infecções e outros ataques de micro-organismos que enfraquecem o nosso corpo.
2 Autoimunes: 1. Relativo à autoimunidade (estado patológico de um organismo atingido por suas próprias defesas imunitárias). 2. Produzido por autoimunidade. 3. Autoalergia.
3 Lúpus: 1. É uma inflamação crônica da pele, caracterizada por ulcerações ou manchas, conforme o tipo específico. 2. Doença autoimune rara, mais frequente nas mulheres, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico. Nesta patologia, a defesa imunológica do indivíduo se vira contra os tecidos do próprio organismo como pele, articulações, fígado, coração, pulmão, rins e cérebro. Essas múltiplas formas de manifestação clínica, às vezes, podem confundir e retardar o diagnóstico. Lúpus exige tratamento cuidadoso por médicos especializados no assunto.
4 Esclerose múltipla: Doença degenerativa que afeta o sistema nervoso, produzida pela alteração na camada de mielina. Caracteriza-se por alterações sensitivas e de motilidade que evoluem através do tempo produzindo dano neurológico progressivo.
5 Cromossomo: Cromossomos (Kroma=cor, soma=corpo) são filamentos espiralados de cromatina, existente no suco nuclear de todas as células, composto por DNA e proteínas, sendo observável à microscopia de luz durante a divisão celular.
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Um agente de controle de peso injetável aplicado uma vez por mês induziu com segurança uma perda de peso duradoura em um ensaio humano de fase I, publicado na revista Nature Metabolism. Na dose mais elevada testada, os pacientes com excesso de peso ou obesidade1 perderam 14,5% do seu peso corporal até ao dia 85 com o uso do composto experimental maridebart cafraglutide, conhecido como MariTide e anteriormente como AMG 133. E 150 dias após a última dose, este grupo de alta dose manteve uma perda de peso de 11,2% em relação ao valor basal.
1 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
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Intervenções farmacológicas e dietéticas direcionadas à glicemia pós-prandial1 provaram ser eficazes na redução do risco de diabetes tipo 22 e suas complicações cardiovasculares. Além da composição e do tamanho da refeição, o momento do consumo de macronutrientes3 durante uma refeição foi recentemente reconhecido como um regulador chave da glicemia pós-prandial1. Nesta revisão, publicada na revista Frontiers in Endocrinology, observou-se que estratégias nutricionais baseadas na pré-carga de nutrientes, isoladamente ou em combinação com tratamentos farmacológicos, podem oferecer uma ferramenta simples, eficaz, segura e barata para a prevenção e tratamento da hiperglicemia4 pós-prandial.
1 Glicemia pós-prandial: Teste de glicose feito entre 1 a 2 horas após refeição.
2 Diabetes tipo 2: Condição caracterizada por altos níveis de glicose causada tanto por graus variáveis de resistência à insulina quanto por deficiência relativa na secreção de insulina. O tipo 2 se desenvolve predominantemente em pessoas na fase adulta, mas pode aparecer em jovens.
3 Macronutrientes: Os macronutrientes fornecem as calorias aos alimentos. São eles: carboidratos, proteínas e lipídeos.
4 Hiperglicemia: Excesso de glicose no sangue. Hiperglicemia de jejum é o nível de glicose acima dos níveis considerados normais após jejum de 8 horas. Hiperglicemia pós-prandial acima de níveis considerados normais após 1 ou 2 horas após alimentação.
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Mulheres com cepas1 de alto risco do papilomavírus humano (HPV) apresentavam um risco muito maior de morte por certos tipos de doenças cardiovasculares2 (DCV), descobriu um estudo de coorte3 prospectivo4 realizado na Coreia e publicado no European Heart Journal. Em comparação com mulheres sem cepas1 de alto risco, aquelas com HPV de alto risco tiveram um risco mais de três vezes maior de morte por DCV aterosclerótica (DCVA) e doença cardíaca isquêmica. O maior risco de morte devido a DCVA entre mulheres com HPV de alto risco foi ainda maior quando o excesso de peso ou a obesidade5 também foram um fator.
1 Cepas: Cepa ou estirpe é um termo da biologia e da genética que se refere a um grupo de descendentes com um ancestral comum que compartilham semelhanças morfológicas e/ou fisiológicas.
2 Doenças cardiovasculares: Doença do coração e vasos sangüíneos (artérias, veias e capilares).
3 Estudo de coorte: Um estudo de coorte é realizado para verificar se indivíduos expostos a um determinado fator apresentam, em relação aos indivíduos não expostos, uma maior propensão a desenvolver uma determinada doença. Um estudo de coorte é constituído, em seu início, de um grupo de indivíduos, denominada coorte, em que todos estão livres da doença sob investigação. Os indivíduos dessa coorte são classificados em expostos e não-expostos ao fator de interesse, obtendo-se assim dois grupos (ou duas coortes de comparação). Essas coortes serão observadas por um período de tempo, verificando-se quais indivíduos desenvolvem a doença em questão. Os indivíduos expostos e não-expostos devem ser comparáveis, ou seja, semelhantes quanto aos demais fatores, que não o de interesse, para que as conclusões obtidas sejam confiáveis.
4 Prospectivo: 1. Relativo ao futuro. 2. Suposto, possível; esperado. 3. Relativo à preparação e/ou à previsão do futuro quanto à economia, à tecnologia, ao plano social etc. 4. Em geologia, é relativo à prospecção.
5 Obesidade: Condição em que há acúmulo de gorduras no organismo além do normal, mais severo que o sobrepeso. O índice de massa corporal é igual ou maior que 30.
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Para crianças com hipercolesterolemia1 familiar heterozigótica (HFHe) não controlada por estatinas, a adição de alirocumabe (Praluent) ao tratamento reduziu o colesterol2 de lipoproteína de baixa densidade (LDL3-C), mostrou um ensaio clínico randomizado4 publicado no JAMA Pediatrics. O inibidor da PCSK9 reduziu significativamente o LDL3-C em comparação com o placebo5 em ambas as coortes estudadas às 24 semanas. A redução média dos mínimos quadrados desde a linha de base em relação ao placebo5 foi de 43,3% na coorte6 que recebeu o medicamento a cada 2 semanas e de 33,8% na coorte6 que o recebeu a cada 4 semanas.
1 Hipercolesterolemia: Aumento dos níveis de colesterol do sangue. Está associada a uma maior predisposição ao desenvolvimento de aterosclerose.
2 Colesterol: Tipo de gordura produzida pelo fígado e encontrada no sangue, músculos, fígado e outros tecidos. O colesterol é usado pelo corpo para a produção de hormônios esteróides (testosterona, estrógeno, cortisol e progesterona). O excesso de colesterol pode causar depósito de gordura nos vasos sangüíneos. Seus componentes são: HDL-Colesterol: tem efeito protetor para as artérias, é considerado o bom colesterol. LDL-Colesterol: relacionado às doenças cardiovasculares, é o mau colesterol. VLDL-Colesterol: representa os triglicérides (um quinto destes).
3 LDL: Lipoproteína de baixa densidade, encarregada de transportar colesterol através do sangue. Devido à sua tendência em depositar o colesterol nas paredes arteriais e a produzir aterosclerose, tem sido denominada “mau colesterol“.
4 Randomizado: Ensaios clínicos comparativos randomizados são considerados o melhor delineamento experimental para avaliar questões relacionadas a tratamento e prevenção. Classicamente, são definidos como experimentos médicos projetados para determinar qual de duas ou mais intervenções é a mais eficaz mediante a alocação aleatória, isto é, randomizada, dos pacientes aos diferentes grupos de estudo. Em geral, um dos grupos é considerado controle – o que algumas vezes pode ser ausência de tratamento, placebo, ou mais frequentemente, um tratamento de eficácia reconhecida. Recursos estatísticos são disponíveis para validar conclusões e maximizar a chance de identificar o melhor tratamento. Esses modelos são chamados de estudos de superioridade, cujo objetivo é determinar se um tratamento em investigação é superior ao agente comparativo.
5 Placebo: Preparação neutra quanto a efeitos farmacológicos, ministrada em substituição a um medicamento, com a finalidade de suscitar ou controlar as reações, geralmente de natureza psicológica, que acompanham tal procedimento terapêutico.
6 Coorte: Grupo de indivíduos que têm algo em comum ao serem reunidos e que são observados por um determinado período de tempo para que se possa avaliar o que ocorre com eles. É importante que todos os indivíduos sejam observados por todo o período de seguimento, já que informações de uma coorte incompleta podem distorcer o verdadeiro estado das coisas. Por outro lado, o período de tempo em que os indivíduos serão observados deve ser significativo na história natural da doença em questão, para que haja tempo suficiente do risco se manifestar.
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