Permeabilidade do muco cervical para avaliar o risco de parto prematuro, publicação de cientistas do MIT
O nascimento prematuro é a principal causa de mortalidade1 neonatal e está frequentemente associado à infecção2 intra-amniótica, que se supõe surgir da ascensão bacteriana através de um tampão do muco cervical disfuncional3. Para estudar esta disfunção, pesquisadores norte-americanos do Massachusetts Institute of Technology (MIT) avaliaram a permeabilidade4 do muco cervical durante a ovulação5 e nas gestações de alto e baixo riscos.
Saiba mais sobre "Parto prematuro", "Líquido amniótico6" e "Ovulação5".
O muco cervical é formado a partir de polímeros chamados "mucinas" e tem o papel de barreira contra infecções7. Entre 25% e 40% dos partos prematuros são causados por infecções7 que ocorrem quando microrganismos atingem o útero8 através deste muco, que normalmente bloqueia o acesso desses microrganismos. Os rearranjos microestruturais dos componentes do muco, bem como modificações bioquímicas em sua adesividade, podem alterar a permeabilidade4 geral do muco cervical. Os achados deste estudo sugerem que este último mecanismo desempenha um papel dominante no comprometimento da função dessa barreira durante o parto prematuro.
Essa constatação sugere que o muco cervical de grávidas de alto risco, por razões ainda desconhecidas, pode ser mais susceptível à invasão por microrganismos potencialmente prejudiciais ao útero8, aumentando a probabilidade de ocorrência de infecções7 e consequentemente de um parto prematuro.
No entanto, ainda é cedo para dizer que os achados dos cientistas do MIT sejam mais eficazes do que os métodos atualmente usados para detectar um maior risco de prematuridade. Novas pesquisas são necessárias para se chegar a esta conclusão.
Veja sobre "Gravidez9 de risco", "Cuidados com os prematuros", "Parto vaginal" e "Cesárea".
Fonte: Scientific Reports, volume 7, de 4 de setembro de 2017